Diria que o diretor e protagonista do filme Lee Jung-jae até trabalhou bem sua ideia para criar todo um suspense em cima de quem era o infiltrado, no desenvolvimento de toda a trama para não ficar tão fechado que acabou esquecendo que o público também precisa entender o que ele quer mostrar para gostar da ideia toda, e no ato em que descobrimos a situação, o filme poderia ter acabado ali, ou então descobrirmos no ato seguinte (literalmente) mais explosivo, mas ele deu o fechamento naquela cena, fez uma micro-reviravolta para dar uma jogada, foi para a cena da explosão, e não bastando tudo o que aconteceu ainda fecha com algo aberto e meio que jogado. Ou seja, fez o que costumo dizer que é querer se aparecer demais, afinal ele que estava em cena, e se realmente tudo ocorreu dessa forma no conflito real foi mal desenvolvido por ele, do contrário se perdeu um pouco e deu um leve tiro no pé, pois o filme poderia ser muito melhor com uma situação redonda de movimentos.
Sobre as atuações, vou colocar um problema imenso aqui que aconteceu comigo, pois todos os atores são muito parecidos em estatura, nos vestuários, nos cabelos, mudando um pouco os rostos e trejeitos, e isso embora seja algo que talvez alguns notem melhor, pesou muito na condução da história, de forma que talvez como ocorre nos longas militares ter algo mais diferencial entre as agências de ambos os personagens, para aí ficar mais evidente quem está jogando no time de quem. Dito isso, o diretor Lee Jung-jae até trabalhou bem seu Park Pyong-ho, deu trejeitos bem diretos e incisivos nas cenas mais intensas, atirou sem parar em vários momentos, e teve ainda alguns atos de surto bem fortes quando sua aliada estava sendo interrogada, ou seja, apareceu como era de sua vontade. Da mesma forma Jung Woo-sung fez atos mais fechados com seu Kim Jung-do, sempre sério e determinado nas suas cenas, criando poucos momentos aonde deu qualquer abertura para os demais ao seu redor, e sendo completamente investigativo com as nuances que pode aparecer mais, o que ficou parecendo que ficou acuado, mas foi bem e agradou no que fez. Ainda tivemos muitos outros personagens dando conexões para os protagonistas nos interrogatórios ou no meio dos tiroteios, mas sem dúvida quem tentou algo a mais e fez algumas boas expressões diferentes do comum foi Hye-jin Jeon com sua Bang Joo-Kyung, que principalmente em seu ato final chamou tudo para si e agradou.
Visualmente a trama se desenvolveu até que bem, mostrando vários meios de torturas das companhias de investigação, muitos atos de interrogatórios violentos, muitos atos de escutas, cenas de carros nas ruas com tiroteios vindo de todos os lados com armas de vários calibres, todos usando terno igualzinho para confundir o público, carros antigos bem escolhidos para mostrar a época, alguns atos de manifestações, um ato ao final com toda uma cerimônia presidencial conflituosa, ou seja, um pouco de tudo que a equipe fez de forma bem representativa, mas que volto a bater na tecla que poderia ser diferenciado os dois lados.
Enfim, é um bom filme que até poderia ir mais além, mas que representa bem a época, mostra os bastidores de uma guerra que pouco sabemos por aqui como foi, mas que aconteceu de forma bem violenta, e que acaba sendo bacana para dar esse conhecimento, mas me cansou um pouco tantas reviravoltas no final que acabou não sendo tão impactante como deveria ser, e sendo assim até recomendo ele, mas com mais ressalvas do que elogios, então fica a dica para a estreia na próxima semana nos cinemas. E é isso meus camaradas, como já diria no filme do lado comunista, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos por aqui, então abraços e até logo mais.
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