Depois de fazer a direção de arte de várias animações envolvendo o Egito antigo como "As Aventuras de Tadeo" e sua sequência, Juan Jesús García Galocha "Galo" resolveu ir para rumos maiores assumindo aqui sua primeira direção de um filme também com o mesmo tema, e brincando quase que da mesma forma também ele conseguiu criar um mundo subterrâneo de múmias tão incrível que acho que a continuação deveria ficar por lá ao invés de subir para o mundo dos vivos, já que aqui já conhecemos as reações dos humanos ao verem eles com luz forte. Ou seja, o diretor foi sábio ao mostrar a sofrida vida dos descendentes dos faraós, que tem de manter tudo na linha e nunca fazer suas próprias vontades, mostrou também que esportistas acabam ficando com medo depois de certos traumas envolvendo o que sempre fizeram, e que também que passar um tempo junto acaba dando muita conexão mesmo com opostos, e assim sendo o filme tem um pouco de tudo, tendo inclusive algo que ele aprendeu nos demais filmes que trabalhou como diretor de arte, que importa muito o visual para agradar todas as idades, e que tem de ter bons alívios cômicos para que ninguém se canse de seu filme. Ou seja, tem tudo para dar muito certo futuramente.
Sobre os personagens, diria que souberam muito bem desenvolver cada um para divertir na medida certa, de forma que Thut teve um estilão mais seguro de si, com um envolvimento claro para o seu passado, usando isso como mérito, mas sem dizer o motivo que o fez parar com as corridas, e sempre pessimista com boas nuances acabou chamando bastante a responsabilidade do filme para si, ou seja, foi divertido ver toda sua cautela, e também sua astúcia, de modo que a voz de Manolo Rey deu ainda mais charme para o garotão. A jovem Nefer teve todo um lado genioso, mas bem graciosa de movimentos e com uma voz bem gostosa para as músicas que entoou, além de olhares bem marcantes e colocados, de forma que a dubladora nacional Natália Alves conseguiu chamar bem as dinâmicas para si e envolver. Ainda tivemos os divertidos Seikhem com seu filhotinho de crocodilo Croc cheio de boas sacadas e olhares, que quem gosta de um bom filhotinho vai sair querendo ter um crocodilo em casa. E a grande sacada do diretor foi colocar um vilão imponente como foi o caso de Lorde Carnaby, pois disposto a tudo para conseguir seus objetivos fez atos impactantes e bem chamativos, o que deveria acontecer sempre, pois já estamos cansados de vilões bobinhos, que aqui foram deixados com essa qualidade apenas para seus ajudantes Dennys e Danny.
Embora não seja um filme de texturas, os formatos dos personagens foram bem interessantes de ver, e como já disse o mundo das múmias valeria ter sido melhor ainda explorado, pois só o jeito de fazer a noite foi algo tão impactante que marcou demais, mas as boas sacadas em Londres também foram bem colocadas com seus vários museus, os tradicionais ônibus gigantes e as óperas clássicas que usaram "Aída" da melhor forma possível, e ainda teve claro o tradicional show de telhado que só os Beatles botaram para ver, aqui com a jovem cantora múmia. Ou seja, vindo de um ex-diretor de arte é claro que o diretor não deixaria que seu filme ficasse fraco visualmente, e assim sendo o longa tem tudo muito bonito e bem trabalhado, com alguns elos que até funcionariam bem em 3D, mas que não quiseram usar a tecnologia.
Enfim, foi uma grata surpresa conferir o longa, pois esperava algo bem bobinho e sem grandes rumos, mas que recomendo para toda família levar os pequenos, afinal é certeza de todos se conectarem com os personagens e se divertirem com tudo o que será entregue, então fica a dica para todos verem na semana que vem, já que nessa são apenas algumas pré-estreias com poucos horários, e eu fico por aqui hoje, então abraços e até breve com mais textos.
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