É difícil conhecer alguém que nunca tenha visto um filme qualquer do mestre do terror M. Night Shyamalan, pois suas obras sempre entregaram elementos fortes e interessantes que acabam sempre nas rodas de discussão, além de ter grandes clássicos que viraram obras obrigatórias para qualquer um que goste de ver um bom filme, porém nos últimos anos seus longas tem sido bem contraditórios e agradando bem pouco os críticos em geral, e até os próprios fãs não têm mais se empolgado tanto com o que ele vem apresentando, ou seja, teria ele perdido a mão ou apenas entrou no modo econômico de ideias? Não sei qual resposta dar para essa pergunta que coloquei, mas com o filme de hoje posso dizer que a trama em si é leve demais pelo tema forte em segundo plano e poderiam ter feito algo mais intenso que causasse algo a mais no público, não sendo algo ruim de ver, mas que facilmente dava para impactar muito mais, afinal a classificação é de suspense/terror, e diria que vi o filme com muita tranquilidade do começo ao fim, e só agora enquanto estou escrevendo senti um pouco de tudo ao pensar na ideia em si.
Sobre as atuações, diria que todos entregaram exatamente o que precisavam para os seus papeis, não colocando nem um suspiro a mais de expressividade além do que estava no roteiro, e infelizmente isso é algo um pouco ruim, pois como já falei a trama pedia um algo a mais, de forma que no trailer abaixo você vai sentir muito mais emoção nos olhares de cada um do que no filme por inteiro. Dito isso, Ben Aldrige e Jonathan Groff foram bem diretos nas suas cenas, trabalhando os olhares emotivos de seus personagens Eric e Andrew estarem presos sem poder fazer muita coisa, com o segundo totalmente sem acreditar em nada do que o antagonista mostrava para eles, desenvolvendo até mesmo uma incredulidade forçada nos demais ali e até no público, até chegar nos atos finais aonde a emoção familiar vai além, e dessa forma diria que foram bem no que tinham de fazer, mas dava para passarem uma tensão maior para que o público não tivesse o mesmo desdém deles, e sim algo impactante por estarem na casa presos com alguns "malucos". E falando dos malucos, Dave Bautista é daqueles brucutus que estamos acostumados a ver descendo a porrada em todo mundo, cheio de imposição e aqui seu Leonard é quase um cavalheiro de tanta educação na forma de contar tudo para os demais dentro da cabana, e sempre ficamos esperando algum ato mais explosivo dele que não ocorre, ou seja, não sei qual a intenção real do diretor em colocar ele nesse papel, mas mesmo fazendo expressões bem colocadas não me convenceu de ser a melhor opção, já os demais cada um deu bons elos para seus personagens, com Rupert Grint mais afoito nas cenas mais densas de seu Redmond, Nikki Amuka-Bird mais desesperada para ajudar com todo o âmbito de uma enfermeira com sua Sabrina, mas também preocupada com sua missão, e Abby Quinn bem estranha de sensações com sua Adriane meio que jogada de lado, mas que ao final tudo se encaixa bem e o resultado acaba chamando atenção para o que seriam todos eles. E por último, mas sem esquecer dela, tivemos a garotinha Kristen Cui com trejeitos e sentimentos bem mais marcantes que todo o elenco com sua Wen, de modo que traz o envolvimento para ambos os lados e traz também algumas boas reflexões, ou seja, foi a que mais deu entrega para a trama toda.
Visualmente o longa se olharmos a fundo é bem simples com uma cabana isolada no meio de uma floresta, tendo poucos elementos cênicos para serem usados como cordas para amarrar os protagonistas, algumas armas estranhas, mas bem imponentes, alguns atiçadores de fogo e claro o pote de gafanhotos, de modo que tudo pode ter dupla função sendo simbólico como todo filme do diretor, mas aí o orçamento seria muito barato, então tivemos todas as tragédias, na maioria feitas na tela com muita computação gráfica, mas chamando bem a atenção para coisas possíveis de acontecer nos próximos anos, ou seja, tudo foi bem colocado pela equipe de arte seguindo claro a ideia completa do roteiro e funcionou bastante.
Enfim, é um longa que se assistido sem reflexão nenhuma é até simples demais, mas se juntar todos os pontinhos e pensar bem em tudo acaba tendo até um impacto de certa forma interessante, ou seja, vai ser o famoso filme ame ou odeie, que diria que até gostei bastante, mas que com toda certeza do mundo esperava muito mais, então fica a dica para ir aberto para pensar em tudo. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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