Netflix - Jung_E (정이)

2/26/2023 01:55:00 AM |

O cinema sul-coreano anda num crescimento tão gigantesco que fica até difícil imaginar aonde eles vão chegar, pois aparentemente não andam seguindo o mesmo fluxo que foi Bollywood que explodiu em quantidade, mas não caiu nas graças do restante do mundo, enquanto os coreanos andam fazendo com que os americanos se apaixonem e viciem em tudo que anda vindo de lá, ou seja, a chance de uma explosão mundial é muito maior. O mais bacana do cinemas coreano é que eles gostam muito de filmes de ação com efeitos tecnológicos de primeiríssima linha e que brincam bastante com coisas que não se pode falar muito, como é o caso de clonagem, e com o longa da Netflix, "Jung_E", isso se evidencia de um modo monstruoso que já é muito falado, o da possibilidade de tirar as memórias da pessoa e passar para outros corpos, de modo que você continuaria a viver com as mesmas habilidades e tudo mais, fazendo com que o novo corpo aprenda tudo muito mais rapidamente e se desenvolva para seguir novos rumos. Porém essa faceta foi usada de uma maneira um pouco estranha demais no filme, deixando muita coisa em aberto e correndo para cenas repetidas de simulações, o que não dá a devida fluência. Ou seja, é um bom filme de ação, mas tudo o que ocorreu nos últimos atos deveria ser o meio do filme, para aí sim se desenvolver melhor e ter um gracejo mais chamativo para a nova vida da soldado, mas foi a opção do diretor, e agora talvez ele continue o longa, mas sem a pesquisadora, afinal ela morreu em Maio do ano passado, então é ver o que vai rolar.

O longa nos situa no século 22, mostrando que a mudança climática fez com que o planeta se tornasse inabitável e os humanos vivessem dentro de um abrigo feito pelo homem. Uma guerra ocorre dentro do abrigo. Jung Yi é a líder de elite das forças aliadas. Ela se torna objeto de um experimento de clonagem cerebral. O experimento de clonagem é uma chave potencial para vencer a guerra.

O diretor e roteirista Sang-ho Yeon ficou muito famoso pelo filmes "Invasão Zumbi" e sua sequência, e claro se no primeiro projeto não teve um orçamento grandioso, na sequência já teve efeitos aos montes e aqui ele praticamente fez um filme inteiro com computação digital, de modo que a ideia toda é bem interessante, brinca bastante com a ideia de clonagem, mas deu um tom artificial demais para os personagens, de modo que todos ali pareceram mais robôs do que humanos, e se for para o mundo ficar realmente assim é melhor nem inventarem algo assim, de tal forma que acabou faltando dar um algo a mais para que a produção empolgasse. Claro que o erro da trama não foi essa escolha, mas sim do alongamento do projeto, que dava para ficar mais contido e gerar algo mais chamativo para os momentos que ocorrerão após o fim desse filme, mas o lado sentimental de uma filha vendo a mãe lutar ficou maior, e assim o resultado que o diretor desejava ficou mais próximo desse sentido, que não é errado, mas que dava para conter um pouco e transformar o filme ao invés de repetições cênicas em algo mais explosivo mesmo.

Sobre as atuações, basicamente tenho de falar claro de Kang Soo-young que fez bons atos com sua Seohyun, sempre com um semblante bem sério e marcado, mas trabalhando realmente como uma pesquisadora deve fazer, mas pareceu mais velha do que a personagem aparentava, o que não foi um problema gigantesco, pena que não poderá estar na continuação já que faleceu no ano passado, então o longa acabou sendo uma homenagem para ela, e acredito até que deixaram mais cenas suas do que o normal justamente por esse motivo. Do outro lado do vidro, sendo pesquisada e usada para todos os tipos de testes está Kim Hyun-joo com sua soldado Jung Yi ou já na versão robótica Jung_E, entregando muita coreografia nas lutas, trabalhando realmente facetas de exército e sendo imponente nas cenas que foi colocada, agradando também. E por fim tenho de falar de Ryu Kyung-Soo que exagerou nos atos cômicos, fazendo piadinhas para todos os lados com seu Sang-Hoon, mas nos atos finais botou o corpo pra luta e foi bem também, então de certa forma conseguiu chamar a atenção para si.

Agora visualmente se falei que o filme do Homem-Formiga foi 99% computacional, aqui posso dizer que foi 100%, pois não temos nada no filme que tenha algum conteúdo mostrando alguma paisagem realista, pelo contrário vemos os prédios submersos, trens voadores, muitos robôs e tudo mais que deu a nuance apocalíptica para o longa, não sendo algo ruim, pois tudo é bem convincente de ver na tela, mas diria que mesmo mostrando a computação sendo transformada na tela poderiam ter ambientado melhor o longa em mais lugares fora do laboratório, tanto que as cenas finais mesmo sendo dentro do trem tem mais vida que todo o restante do filme.

Enfim, é um filme interessante de proposta, mas que como falei deixou muito para uma possível continuação, então alongou muitos momentos, repetiu muitos atos e não fluiu facilmente como um filme do gênero de ação deveria ser, não sendo algo ruim repito, porém forçou a homenagem para a artista e deixou de lado a possibilidade de ir além, sendo algo que recomendo com essas ressalvas de ficarmos esperando muito e não acontecer. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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