Diria que o diretor Alê Abreu soube usar tão bem as cores que acabou dando uma leveza para um tema pesado na tela de sua obra, pois usou cores tão vibrantes, quentes, e com um estilo que por vezes parece estar pintando uma aquarela na tela com tons marcantes em pinceladas aleatórias para um fundo e apenas trabalhando alguns traços mais corretos para representar os personagens, e junto disso tudo ele deu o tom conflitivo dos gigantes destruindo tudo na floresta, destruindo as pessoas e só fazendo guerra, colocou o ar infantil tentando buscar meios de entender como mudar isso e salvar seus lados, e ainda sendo de reinos opostos podendo se ajudar para conseguir tudo, ou seja, o diretor e roteirista trabalhou tudo de uma maneira tão intensa, mas sem pesar a mão para que todos se envolvessem bem, e esse acerto fez com que o longa não cansasse e ainda tivesse uma boa vivência, agradando quem estiver disposto a entrar no clima, e também cativar os mais jovens com as cores e mensagens simples que talvez pudessem pegar.
Não diria que os personagens Claé, Bruô e João de Barro foram tão bem desenvolvidos, pois são graciosos e passam até que bem suas mensagens, mas meio que foram um pouco jogados na trama, e não temos grandes sínteses para eles, claro que ao final muito é mostrado e dá para se entender o motivo de não ter uma apresentação mais próxima, mas diria que o estilo animado precisa de um pouco mais disso, senão o público não se conecta com os personagens. Sobre as vozes, diria que o acerto foi muito bom, pois Lorenzo Tarantelli como Claé, Giulia Benite como Bruô e Stênio Garcia como João de Barro deram tons bem diferentes de suas vozes originais e conseguiram trazer personagens próprios para o filme, o que acabou sendo bem interessante de ver.
Visualmente já falei e repito que é um longa belíssimo, cheio de cores e vida, parecendo até ser pintado à aquarela (o que espero que não tenha sido, senão imagino o trabalho imenso que foi feito), e tendo até alguns efeitos com as cores se alternando na tela que dão uma certa vertigem em alguns momentos, mas tudo é bem desenhado, tem estilo próprio e chama a atenção conforme vai se desenvolvendo, então o resultado são florestas cortadas, muros e tudo de forma bem limitada para apenas ir pontuando para o final marcante, então vale prestar atenção no trabalho dos artistas.
Enfim, não é um filme fácil, mas é bem interessante, tem todo o lado crítico bem acentuado e determinado na tela, e que vale a dica principalmente para a reflexão, mas também dá para levar a criançada, afinal as cores vão chamar a atenção, só o adendo de ir preparado para tentar explicar depois para eles, ou eles para os pais, pois vai ser necessário, e assim sendo fica a dica para a estreia no dia 09/02 nos cinemas. E é isso pessoal, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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