É bem fácil entender um pouco dessa correria ao ver que é a estreia do diretor e roteirista John Patton Ford em um longa metragem, pois como sabemos quando fazemos curtas temos de ir direto ao ponto, o que não é tão necessário quando se tem mais tempo, mas isso não impediu de trabalhar bem a personagem, mostrar suas ambições e suas amizades meio que forçadas, e claro desenvolver bem a formatação do golpe, mostrando os devidos riscos, e depois usar ainda a base para mostrar como as pessoas por trás do golpe fazem tudo, e assim diria que ele até foi bem em algumas dinâmicas, mas certamente dava para não pesar tanto a mão de uma vez só. Ou seja, o que vemos na tela é o desenvolvimento de uma garota num crime, e faltou um pouco mais de mostrar como os criminosos agiam, e assim fluir melhor, mas o filme funciona de certa forma e agrada bem, mostrando que o diretor tem estilo, e possivelmente num próximo longa irá se sair melhor.
Sobre as atuações, diria que gostei do estilo que Aubrey Plaza colocou para sua Emily, de modo que trabalhou vários trejeitos e situações durante seus atos, foi marcante dentro da medida, e agradou sem precisar forçar a barra, mostrando claro que não leva desaforo para casa e disposta a conseguir tudo o que era dela, ou seja, fez bem as vezes que uma protagonista precisa ter e agradou. É até engraçado que Theo Rossi seja americano mesmo, pois na maioria dos filmes ele é colocado como estrangeiro que chegou no país e está fazendo sua vida por lá, e aqui seu Youcef combinou demais com sua personalidade, de modo que cheguei a pensar realmente que tinham colocado algum libanês no papel, e isso mostra que ele soube segurar bem os trejeitos de seus ancestrais e chamou atenção com boas dinâmicas. Quanto aos demais tivemos mais participações apenas, sem grandes chamarizes, com destaques leves para a amiga "não muito amiga" da protagonista Liz, vivida por Megalyn Echikunwoke, e também para o irmão do protagonista vivido por Jonathan Avigdori que mostrou atitude em alguns atos com caras fortes, mas não foi muito longe com tudo.
Visualmente a trama focou em mostrar um pouco da vida dos entregadores de comida dos EUA, levando refeições grandes meio que diferente daqui, trabalhou com a ideia de serviços para ganhar dinheiro fácil, mas não honesto e mostrou uma máquina de clonar cartões bem interessante (não sabia que era dessa forma que faziam), e claro algumas cenas mais criminosas e impactantes com os roubos dos dois lados, mostrando que a equipe de arte arrumou muitas caixas para um depósito e brincou bem com toda a simbologia criminal.
Enfim, é um filme até que interessante de proposta, que mostra bem o lance criminoso dando a vez para a protagonista, e que mostra ainda que o crime compensa se bem trabalhado e sabendo dos riscos, mas como filme acho que poderia ter melhorado mais em tudo, sendo um passatempo bem simples para quem gosta de um drama simples. E assim sendo fica a recomendação, e eu fico por aqui agora, voltando em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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