O pessoal não acredita, mas fica claro que o melhor estilo para se estrear na direção de longas é a comédia, pois ela abre possibilidades para você fazer muitas coisas, e aqui a diretora Mimi Cave depois de muitos curtas e videoclipes encontrou o tom certo para trabalhar algo engraçado de certo modo e bem tenso também, afinal colocou em cheque o estranho gosto de alguns canibais, e se tem quem coma, tem quem faça o trabalho sujo, ou nem tão sujo como é o caso aqui, e contando com um roteiro preciso da também roteirista estreante em longas Lauryn Kahn, se deu abertura para fazer um filme cheio de boas sacadas, com doses bem tranquilas e outras mais violentas, e subjetivando bastante esse meio gourmet de elite que alguns malucos têm. Ou seja, pode parecer estranho num primeiro momento, com um ritmo calmo e bobo em seguida, mas quando chega na casa mesmo do protagonista, aí o mundo gira e as coisas ficam mais intensas, porém ainda assim com um certo charme e bem trabalhado por todos para que o filme fluísse de maneira bacana, e assim sendo se seguir essa linha pode até ser que ambas diretora e roteirista fiquem famosas, pois mostraram a que vieram sem errar no tom.
Sobre as atuações com toda certeza vamos lembrar muito mais de Sebastian Stan aqui do que com seus ares imponentes nos filmes de heróis, pois o ar galanteador que deu para seu Steve e depois todo o estilão de médico/açougueiro de luxo ficou incrível, de tal maneira que ele pegou o personagem, se divertiu com todo o estilo e não pecou em uma cena sequer, ou seja, se doou por inteiro e fez trejeitos e intenções de maneira precisa para tudo o que o papel pedia. Daisy Edgar-Jones também foi muito bem em cena, trabalhando sua Noa com um semblante delicado e bem colocado, mas nas cenas que precisou agir foi muito bem e deu show, sendo uma personagem até que meio bobinha se olhar a fundo, porém que conseguiu ter dinâmicas certeiras e chamar para si a responsabilidade nos atos que precisava, acertando bastante. Ainda tivemos bons momentos de Jojo T. Gibbs com sua Mollie, alguns atos meio que engraçadinhos com Dayo Okeniyi com seu Paul, e até Charlotte Le Bon marca presença com sua Ann, mas vale mesmo o destaque para Andrea Bang com sua Penny, mais pelo tom das conversas sem se verem, do que pelos atos finais em si, mas lutou com força quando precisou também.
Visualmente a trama mostrou que a equipe de arte não economizou em nada, tendo desde um apartamento simples da protagonista com um jantarzinho bem arrumado, passando por alguns restaurantes interessantes, até chegar na mansão do protagonista, aonde muitas celas são vistas mas sem serem do tipo de cadeia, com um certo luxo meio que de quartos, uma cozinha com mesa de jantar bem rebuscada, e claro um freezer lotado de partes de corpos, além de um ar campal bem marcante para serrar partes mais duras, ou seja, tudo muito bem elaborado e cheio de detalhes, isso sem contar a segunda casa dele, aonde vemos sua esposa e o detalhe dela, ou seja, tudo com muito luxo e rigor que os clientes desse tipo de carne exigem!
Enfim, dava para o filme ser bem mais tenso e recair mais para um terror mais forte, mas o estilo cômico caiu bem para dar uma aliviada e funcionar dentro da proposta de dar medo nas pessoas que fazem encontros às escuras, mas ainda divertir com sacadas bem colocadas, e contando com atuações bem encaixadas não tinha como dar errado. E assim sendo é claro que recomendo o longa na Star+ para todos do país e na Hulu para o pessoal de fora, pois vale o tempo, não é alongado e vai trazer sensações diferentes para todos. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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