Diria que o diretor e roteirista Lee Cronin podia até ser meio desconhecido até a data de hoje, porém o produtor Sam Raimi, que fez os longas originais, lhe deu um tremendo presentaço entregando a direção dessa nova versão, pois ele soube criar irreverências tão fortes dentro de um apartamento, saindo dos tradicionais filmes no meio do mato, que fez o ambiente se tornar impactante com tudo e mais um pouco na tela, tendo força para escolher as armas do local, os personagens que nem deveriam estar por lá dos apartamentos vizinhos, e usar muito sangue falso para impressionar, aliás foram 6500 litros de sangue fabricados para as cenas mais fortes. Ou seja, souberam entregar tudo e mais um pouco para quem gosta do gênero, e principalmente para os fãs da franquia, pois teve estilo e foi impactante como deveria ser.
Sobre as atuações, posso dizer que todos entregaram seus máximos para que seus personagens mesmo com maquiagens horríveis encaixassem na trama e impactassem, e começando por Alyssa Sutherland com sua Ellie inicialmente morna, mas quando incorpora o demônio meus amigos, ela vai para outro patamar, faz trejeitos horrendos, se corta toda, se pendura, mete a cabeça sem dó na porta, e vai muito além do que poderia, agradando demais. Da mesma forma Lily Sullivan trabalhou sua Beth com uma força sem tamanhos, se defendeu e defendeu a garotinha menor, e conseguiu trabalhar trejeitos bem desesperadores como deve acontecer em alguém que está vendo o caos, só diria que dava para correr na primeira aparição do bicho e não ficar olhando o trem vir. Quanto aos demais, diria que todos foram muito bem nos atos que precisaram aparecer, tendo claro o destaque para Gabrielle Echols com sua Bridget bem marcante quando incorpora o demônio também, e a pequenina Nell Fisher com sua Kassie tentando escapar com olhares e intenções bem encaixadas dentro de todas as dinâmicas da trama, ou seja, foram diretas e acertaram com o que fizeram.
Visualmente a trama ficou realmente incrível, tendo alguns exageros como o terremoto com alguns elos estranhos, mas tendo vários elementos bem trabalhados no apartamento, todo o lance de tocar os discos e o livro do mal, as maquiagens incríveis que realmente causam o terror na tela, além de muita escatologia, pedaços de vidro sendo comidos, pessoas sendo empaladas e comidas em pedaços, e um elevador que olha foi usado de todas as formas, ou seja, a equipe de arte brincou bastante com elementos práticos impactantes, e ainda alguns momentos computacionais bem encaixados sem soarem artificiais que deram o tom perfeito para a trama.
Enfim, é daqueles filmes que merecem ser vistos por quem gosta do estilo, pois sairá da sessão com a alma lavada (de sangue claro!), e quem não curte tem de passar bem longe para conseguir dormir depois, pois acertaram a mão com gosto, e o resultado valeu por demais, tanto que irei recomendar sempre que me pedirem a dica. E é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, afinal essa semana está cheia de estreias, então abraços e até logo mais.
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