Não assisti ao filme de 72, então não posso opinar sobre as referências e situações, então quem conhecer e quiser falar, os comentários estão sempre abertos, então olhando apenas para o que o diretor e roteirista Mark Gatiss fez aqui, posso dizer que ele se divertiu bastante, desenvolveu boas cenas e envolveu bastante com cada ato, e mesmo que tudo seja bem rápido, sem enrolações, a entrega é satisfatória e funciona, aliás, como sempre falo que os diretores gostam de brincar com os elementos em cena, aqui Gatiss brincou literalmente, pois aparece em cena como o Senhor Wickens, um velho meio doidão que acaba tacando fogo na casa ao queimar os livros que tanto odiou na escola. Ou seja, é um filme que brinca bastante do começo ao fim, tem um misto de época com modernidade, trabalha essa essência de viagens temporais que antes víamos apenas com grandes máquinas e aqui bastou uma poção com ervas de jardins, e assim como costumo falar, temos de abstrair todas as loucuras e assim acaba funcionando bem.
Sobre as atuações não posso falar que tivemos brilhantes trabalhos e trejeitos, mas que todos ao menos não desapontaram com as devidas entregas, tendo os irmão Lucy e Jamie bem colocados sempre nos devidos momentos, apresentando Jason Rennie com seu James bem direto nos atos e meio que descrente no começo e depois fluindo melhor e Tsion Habte mais disposta a se entregar para tudo na trama, querendo estar presente, ajudar e cheia de trejeitos emocionais bem dimensionados acaba sendo agradável de vê-la em todas as cenas. Do lado do passado tivemos India Fowler e Xavier Wilkins também bem trabalhados com seus Sara e Georgie com a garota mais disposta a se entregar e desenvolver o papel com os demais membros da trama, sendo meio que assustados de certa forma com tudo, mas sem ter grandes erros. Dos personagens mais velhos é claro que vale o destaque para Simon Callow fazendo praticamente três Senhor Blunden em diversos tempos, mostrando um lado mais rude no passado, um lado mais doce e leve como fantasma e um senhor boa pinta no presente, jogando bem essas nuances para todos os lados, tivemos Tamsin Greig bem enfeada como a Senhora Wickens, cheia de maldade nos atos e com imponente personalidade, meio boba, mas sem soar forçada, e também tivemos a mãe dos jovens vivida por Vinette Robinson que praticamente apenas participou de tudo, mas sem chamar muita atenção.
Visualmente a equipe de arte trabalhou bastante, recriando um casarão bem destruído no presente, e mesmo no passado tendo nuances já de velharia, mas mais bonita sem toda a vegetação impregnada por todos os lados, vemos alguns figurinos e objetos cênicos de época bem colocadas para ser representativos, tendo até um mini show de cabaré, e detalhes como toda a história do passado sendo contada com bonequinhos em movimento, e tudo pegando muito fogo nos atos finais mostrou boa técnica misturada com computação para soar imponente e também um pouco mágico de certa forma, mostrando sempre uma preocupação com o não alterar o passado de maneira brusca para não alterar o presente.
Enfim, é um filme simples se olharmos a fundo, mas que funciona dentro da proposta e agrada quem quiser colocar um filme para as crianças curtirem e tentarem pensar em como perdoar o passado e se reconectar com o presente, que mesmo sendo algo bobinho tem seus motes bem encaixados e funciona, então fica a dica para todos. E é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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