Diria que o diretor Sitisiri Mongkolsiri até teve uma proposta bem interessante para seu longa, de forma que mostra que a ascensão social é algo que é extremamente difícil, e não basta você querer chegar lá em cima, você tem de fazer com que os lá de cima queira você por lá, deseje você lá entre eles, e em alguns países isso é ainda mais cruel, e que mesmo sendo algo ruim é algo cultural e imponente de ser visto, e entrando mais a fundo no tema do filme, a comida gostosa e de família, muitas vezes até vai ser algo que vai emocionar alguém de uma classe mais alta, porém não é algo que ele queira, pois vai preferir um pedacinho de comida simples, muito saboroso (ou não), que tenha sido feito exclusivamente para ele, e isso acaba pesando muito nas decisões e nas dinâmicas da trama. Ou seja, o longa é extremamente crítico com relação à desenvoltura social da trama, mas mostra que o aprendizado e gostar do que faz, e por quais motivos você faz é a melhor solução para tudo.
Sobre as atuações, diria que o problema acabou sendo bem mais grave do que o esperado, pois os protagonistas até fizeram atos bem intensos, mas se a câmera saísse de perto de qualquer um dos três o resultado desabava de forma gigantesca, então para começar, Chutimon Chuengcharoensukying trabalhou com muita determinação sua Aoy, dominou o estilo, passou muita verdade nos atos de cozinha (não sei se já trabalhou com isso, mas foi muito bem nas dinâmicas com as panelas), teve um carisma convincente para que torcêssemos por ela, e acabou agradando até chorando em alguns momentos, ou seja, foi bem no que precisava fazer. Já Nopachai Chaiyanam fez seu Paul no melhor estilo daqueles chefes de programas de gastronomia que xinga todos, briga, quebra tudo, maltrata os funcionários e tudo mais, de forma que quando ocorre o ato com o funcionário antigo diria que mereceu demais, e até demorou para acontecer, mas tudo foi muito bem encaixado, mostrando o ator com trejeitos fortes e bem intensos de ver. E por último Gunn Svasti Na Ayudhya deu para seu Tone um ar meio que de olheiro, entregando alguns trejeitos simples e tristes, mas caindo bem na proposta, e claro que iria rolar um romance, de forma que deveriam ter dado um seguimento que iria agradar mais do que o fechamento escolhido para ele, mas é assim, e foi bem pelo menos.
Visualmente o longa assim como todo programa de gastronomia acaba dando muita fome com comidas que muitas vezes nem achamos que vamos gostar de comer, mas que acaba sendo tão bonita de ver que chama atenção, além de uma cozinha bem equipada, algumas festas icônicas, e claro todo o lado da comida de rua tailandesa bem colocada nas cenas do restaurante da família da protagonista, e também depois o requinte do restaurante que acabam criando para ela, ou seja, tudo muito imponente e chamativo que envolve e acaba gerando muita atenção na tela, agora quanto da cena da caça o bicho pareceu bem falso, mas a do boi na festa foi muito chamativa e mostrou que a equipe de arte gastronômica não estava para brincadeira.
Enfim, é um filme bem interessante, cheio de nuances e críticas bem encaixadas, que quem gosta do estilo não vai ter do que reclamar, ou melhor, vai ter que no caso foram as atuações bem estranhas, mas no contexto que o filme precisava não atrapalharam tanto, então fica a dica para quem gosta de filmes diferentes, mas com boas sínteses e emoções. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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