Netflix - Meu Amigo Lutcha (Chupa)

4/17/2023 11:15:00 PM |

Existem alguns dias que a única coisa que você quer ver é um filme tranquilo, com uma diversão light, sem precisar se preocupar com alegorias reflexivas ou com a tensão criada pelos personagens, e tudo mais que possa fazer o cérebro explodir, o que acabamos apelidando de Sessão da Tarde, já que era o que víamos após as aulas na saudosa infância lá atrás, e a Netflix dessa vez trouxe uma trama bem simples e bacana de conferir, que chegou por aqui no dia 07 com o nome de "Meu Amigo Lutcha" somente no Brasil, afinal o nome original "Chupa", que está em todos os países do mundo não combinaria bem com a incessante quinta série que é o nosso país, mas isso não atrapalha em nada, afinal deram um bom jeito de adaptar na legendagem e acredito que na dublagem também, jogando a alegoria de fazer referência à lucha libre que é o mundo dos protagonistas da trama, ou seja, deram o tradicional jeitinho brasileiro. E tirando esse detalhe, o filme é bem divertido, gostoso de ver, com uma aura totalmente infantil, e que imagina o fantasioso mito do chupa-cabras como sendo uma mistura de gato selvagem com harpia, mas mais bonitinho ao menos na versão filhote, e que traz a tradicional briga de uma família defendendo um animal filhote dos famosos caçadores, o que já vimos umas milhares de vezes em diversos filmes, e que sempre funciona se bem trabalhado, o que é o caso aqui. Então se você quer dar umas risadas e curtir apenas um filme após um exaustivo dia de trabalho, acaba sendo uma boa dica, mesmo que não vá ser a melhor obra do mundo que verá, então não espere muito e se divirta.

A sinopse nos conta que o tímido Alex, de 13 anos, voa de Kansas City para o México para conhecer sua família pela primeira vez. Lá ele conhece seu avô e ex-campeão de lucha libre Chava, o enérgico e obcecado primo Memo e a destemida prima Luna. Mas assim que Alex começa a se orientar, ele descobre uma criatura mítica vivendo sob o galpão de seu avô: um jovem filhote de chupa-cabra, que ele reconhece pelas histórias do temido chupa-cabra adulto, que se alimenta do gado dos fazendeiros. Alex logo descobre que seu novo amigo Chupa tem uma história secreta com sua família, e que o obstinado e perigoso cientista Richard Quinn está caçando a incompreendida criatura para tentar controlar seus poderes. Para proteger Chupa do perigo iminente, Alex embarca na aventura de sua vida.

O diretor Jonás Cuáron ficou muito conhecido pelo roteiro de "Gravidade" aonde ganhou toneladas de prêmios junto com seu pai, e aqui trabalhou com algo completamente diferente de seus filmes anteriores que tinham um conteúdo bem mais dramático e cheio de pegadas tensas, afinal pode brincar com alegorias fantasiosas, despertar um lado mais lúdico e até digamos trazer um conteúdo seu para que seu filho possa ver e se divertir da mesma forma que o público que for conferir a trama, pois o roteiro que chegou para ele teve boas passadas cênicas e interage bem com o público mais jovem que não tenta se conectar com as origens, não vê nada de bom em passar um tempo com familiares distantes, ficando presos aos jogos eletrônicos e tudo mais, e aqui ele permeia essa busca pelo fantasioso, brinca com os personagens, e claro coloca a criatura mítica que já virou lenda em vários países latinos como algo forte, porém gracioso quando filhote, e assim o filme tem seu gracejo e certamente deve cativar quem conferir sem esperar muita coisa proveniente dele. Ou seja, é daqueles filmes que são bem leves e rápidos, que não pesam em nada no dia de quem for conferir, e assim agrada sem precisar forçar.

Sobre as atuações, diria que todos se divertiram bem, provavelmente gravando olhando para algum pedaço de espuma grande para representar o bichinho computacional que foi inserido depois na pós-produção, e o foco expressivo ficou mesmo nas crianças com suas desenvolturas e em Demián Bichir que já vimos de formas bem imponentes em vários filmes e aqui se jogou para algo mais lúdico como um ex-lutador de lucha libre, com problemas de memória, que se perde e claro que volta a usar sua roupa pulando muito, ou seja, o velho ator se jogou na brincadeira e foi bem no que fez, claro que de uma forma mais simples, sem expressar grandes trejeitos, mas agradando de certa forma. O protagonista jovem Evan Whitten trabalhou bem seu Alex, passou emoções e sentimentos bem cativos em vários atos, e conseguiu não soar chato como muitos personagens costumam entregar em tramas desse tipo, de forma que convence bem e funciona nas cenas com o bichinho. Já Christian Slater fez um vilão meio bobão demais com seu Richard Quinn, mas como costumam entregar personagens desse estilo em filmes infantis, eu nem brigo mais e procuro aceitar, de modo que dava para ele soar mais imponente e chamar mais atenção, porém poderia assustar um pouco mais, então vamos dizer que ele fez o que pediram pra ele. Quanto aos demais, os jovens Nikolas Verdugo e Ashley Ciarra até brincaram bem em cena, fizeram algumas cenas mais dinâmicas, mas não conseguiram chamar tanta atenção para seus Memo e Luna, de modo que soaram bem coadjuvantes mesmo na produção toda.

Visualmente só tenho a dizer que fiquei com dó do cinegrafista, pois são tantas cenas com os carros levantando uma poeira imensa nas locações no México que olha, as câmeras até podiam estar com proteções, mas o pessoal das filmagens comeu terra! Brincadeiras a parte, a trama trabalhou bem um ambiente bem desértico para mostrar aonde os bichos viviam, mostrou uma fazenda simples e bem montada para as cenas, algumas lutas de lucha libre bem tradicionais na TV, vários figurinos e fotos bem espalhados, e até mesmo os bichos sendo meio que estranhos numa mistura meio que de gato selvagem com asas, computacionalmente falando tiveram texturas interessantes de ver, e assim sendo acaba agradando na tela.

Enfim, é um filme simples, porém bem feitinho, que vale dentro da proposta que é divertir sem dar trabalho algum, sendo um bom passatempo, curto e direto ao ponto, valendo a conferida para qualquer idade, então se você gosta de filminhos desse estilo é dar play e se divertir. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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