O diretor Jonás Cuáron ficou muito conhecido pelo roteiro de "Gravidade" aonde ganhou toneladas de prêmios junto com seu pai, e aqui trabalhou com algo completamente diferente de seus filmes anteriores que tinham um conteúdo bem mais dramático e cheio de pegadas tensas, afinal pode brincar com alegorias fantasiosas, despertar um lado mais lúdico e até digamos trazer um conteúdo seu para que seu filho possa ver e se divertir da mesma forma que o público que for conferir a trama, pois o roteiro que chegou para ele teve boas passadas cênicas e interage bem com o público mais jovem que não tenta se conectar com as origens, não vê nada de bom em passar um tempo com familiares distantes, ficando presos aos jogos eletrônicos e tudo mais, e aqui ele permeia essa busca pelo fantasioso, brinca com os personagens, e claro coloca a criatura mítica que já virou lenda em vários países latinos como algo forte, porém gracioso quando filhote, e assim o filme tem seu gracejo e certamente deve cativar quem conferir sem esperar muita coisa proveniente dele. Ou seja, é daqueles filmes que são bem leves e rápidos, que não pesam em nada no dia de quem for conferir, e assim agrada sem precisar forçar.
Sobre as atuações, diria que todos se divertiram bem, provavelmente gravando olhando para algum pedaço de espuma grande para representar o bichinho computacional que foi inserido depois na pós-produção, e o foco expressivo ficou mesmo nas crianças com suas desenvolturas e em Demián Bichir que já vimos de formas bem imponentes em vários filmes e aqui se jogou para algo mais lúdico como um ex-lutador de lucha libre, com problemas de memória, que se perde e claro que volta a usar sua roupa pulando muito, ou seja, o velho ator se jogou na brincadeira e foi bem no que fez, claro que de uma forma mais simples, sem expressar grandes trejeitos, mas agradando de certa forma. O protagonista jovem Evan Whitten trabalhou bem seu Alex, passou emoções e sentimentos bem cativos em vários atos, e conseguiu não soar chato como muitos personagens costumam entregar em tramas desse tipo, de forma que convence bem e funciona nas cenas com o bichinho. Já Christian Slater fez um vilão meio bobão demais com seu Richard Quinn, mas como costumam entregar personagens desse estilo em filmes infantis, eu nem brigo mais e procuro aceitar, de modo que dava para ele soar mais imponente e chamar mais atenção, porém poderia assustar um pouco mais, então vamos dizer que ele fez o que pediram pra ele. Quanto aos demais, os jovens Nikolas Verdugo e Ashley Ciarra até brincaram bem em cena, fizeram algumas cenas mais dinâmicas, mas não conseguiram chamar tanta atenção para seus Memo e Luna, de modo que soaram bem coadjuvantes mesmo na produção toda.
Visualmente só tenho a dizer que fiquei com dó do cinegrafista, pois são tantas cenas com os carros levantando uma poeira imensa nas locações no México que olha, as câmeras até podiam estar com proteções, mas o pessoal das filmagens comeu terra! Brincadeiras a parte, a trama trabalhou bem um ambiente bem desértico para mostrar aonde os bichos viviam, mostrou uma fazenda simples e bem montada para as cenas, algumas lutas de lucha libre bem tradicionais na TV, vários figurinos e fotos bem espalhados, e até mesmo os bichos sendo meio que estranhos numa mistura meio que de gato selvagem com asas, computacionalmente falando tiveram texturas interessantes de ver, e assim sendo acaba agradando na tela.
Enfim, é um filme simples, porém bem feitinho, que vale dentro da proposta que é divertir sem dar trabalho algum, sendo um bom passatempo, curto e direto ao ponto, valendo a conferida para qualquer idade, então se você gosta de filminhos desse estilo é dar play e se divertir. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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