Outro problemaço do filme foi a escolha de um diretor sem grandes trabalhos, pois polonês Tomasz Baginski é quase um iniciante, e com o roteiro de Josh Campbell, Matt Stuecken e Kiel Murray que até fizeram alguns nomes dramáticos interessantes como "Cloverfield, Rua 10", "Pesadelo nas Alturas" e "Uma Chance Para Lutar", tentaram aqui criar algo muito novo para chamar atenção e ir além, mas a ousadia cobra um preço geralmente bem caro, e com uma trama tão conhecida e com uma base fanática sedenta de símbolos que conhecem como a palma da mão, como é o caso aqui, o risco é de queimarem totalmente e nem darem chance de arrumar depois com as continuações. Ou seja, não afirmaria que o que o polonês fez foi ruim de ver, só demorou demais para engrenar, e acabou parando com tudo bem no começo da saga, então veremos se os produtores vão bancar as sequências, pois não acredito tanto no resultado.
Outro problema bem grande do filme ficou a cargo das atuações, pois como muitas cenas precisavam de lutas, nesse sentido vemos algo muito realista e bem feito, mas quando precisavam dialogar, aí entra frases meio que sem impacto que nem os atores mais experientes acreditavam que estavam dizendo aquilo, de forma que deram um jeito de Sean Bean ficar bem em segundo plano com seu Alman Kido, sendo usado como base de tudo do recrutamento, mas não vemos seus primeiros trabalhos, e ainda faz cenas tão jogadas que ficou até feio para ele, de modo que caberia um ator bem mais desconhecido para o que o papel pedia. Já Mackenyu com seu Seya lutou bastante, foram satisfatórios na escolha de um ator japonês ao menos, e até teve um certo charme para conquistar as fãs mulheres, só veremos como vai seguir pra frente, pois vai protagonizar ainda mais do que o que fez aqui como treinamento apenas. Diria que Madison Iseman também caiu bem com sua Sienna/Saori (aliás ver legendado foi um porre com eles falando um nome e legendando outro como a personagem é conhecida no Brasil), mas fez bons trejeitos, teve carisma em cena e acabou agradando sem soar artificial. Agora falando em artificial Famke Janssen com sua Guraad ficou muito estranha, fez caras e bocas deslocadas e nem chamou a responsabilidade como uma vilã deveria fazer, o que é uma pena, pois a atriz é boa. Ainda tivemos outros bons personagens que fizeram boas participações como Mark Dacascos com seu Mylock e Nick Stahl com seu Cassios, porém o destaque mesmo que sendo apenas pelas cenas de luta e pouco pela atuação ficou com Diego Tinoco com seu Fênix/Ikki, que também deve ser mais usado nas continuações.
Visualmente a trama até que foi interessante com algumas aeronaves e soldados parecendo "G.I. Joe - Comandos em Ação", bem imponentes, uma mansão com controle automático em caso de eventos dos cosmos dos personagens, uma ilha com pedras voadoras aonde tivemos o treinamento com tudo flutuando, um castelo com uma máquina bem cheia de raios aonde vemos uma explosão bem marcante, e antes de tudo um octógono bem trabalhado de lutas clandestinas, tendo durante todos os momentos muitos tiros e efeitos um pouco estranhos, mas que funcionam dentro da proposta ao menos.
Enfim, volto a frisar que o filme não é ruim, tendo atos divertidos e boas lutas para nós entreter, porém para um começo apenas foi bem pouco, ainda mais para algo tão conhecido e marcante como foi a franquia no imaginário de quem leu tudo, e também de quem viu os desenhos, então agora é esperar que melhorem nas continuações (se houver), e ver no que vai dar afinal estreou hoje lá fora, e a crítica geral está bem mista, então veremos o que o público fã mesmo vai dizer, e claro eu diria que recomendo com muitas ressalvas, mas se você gostar das lutas sem ligar para história, pode ir de boa. E é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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