O mais engraçado de ler na sinopse é que o diretor e roteirista Michael Almereyda quis trabalhar uma visão livre da ideia, e nem sempre podemos ter tanta liberdade expressiva em uma trama que usa personagens reais como é o caso aqui, de forma que a estrutura do longa até é coerente de certa maneira, tendo alguns atos bem criados e trabalhando a cenografia bem colocada dentro de alguns inventos, porém a história não tem uma fluidez característica que funcionasse bem, parecendo nem ser uma ficção nem um docudrama como muitos podem considerar, mas sim algo que falhou em tantas coisas que acabaram se perdendo no meio do resultado precisando de um excessivo número de cenas narrando tudo ao invés de um desenvolvimento funcional comum de ambos os casos.
Nesse estilo de filme é até difícil falar das atuações, pois os personagens até ficaram bem parecidos com algumas fotos que existem dos reais na internet, mas seus desenvolvimentos parecem não ir muito além para chamar a responsabilidade para si ou se colocar de maneira bem impositiva para que o papel fluísse realmente, e desse modo mesmo gostando do estilão que Ethan Hawke deu para o seu Nikola Tesla, vemos um homem exageradamente sério, com uma personalidade forte, aonde o ator até convence bem no que faz, mas sendo o protagonista da trama que leva o seu nome dava para ter feito muito mais. Eve Hewson até que funcionou com sua Anne Morgan e claro como narradora do filme, afinal vemos algo como se fosse a visão dela sobre o personagem principal, e seu tom foi bem colocado, trouxe um estilo bem pontual e fez o que tinha de fazer em cena, soando interessante ao menos. Ainda tivemos outros bons atores em cena, mas nenhum criando atos que marcassem realmente, valendo apenas citar os atos de Kyle MacLachlan com seu Thomas Edison sendo arrogante de certa maneira, mas com classe para mostrar seus ganhos em cima da ideia do protagonista.
Visualmente a trama até teve alguns momentos bem trabalhados e representativos de maneira a mostrar algumas loucuras com raios, mostrando a bobina de Tesla que tantos gostam atualmente, a representação de uma das primeiras cadeiras elétricas para execuções, algumas festas de ricos e várias conversas usando velas, além de algumas situações bizarras como protagonistas discutindo com sorvetes, andando de patins, jogando tênis escondido, entre outros, parecendo que a liberdade de visão foi algo meio fora dos prumos para a equipe de arte.
Enfim, não vou falar que é um filme totalmente ruim, sendo algo mediano que se perderam com o que queriam mostrar na tela, resultando em algo extremamente cansativo, e que não dá para recomendar ao certo, e olha que quando vi os filmes do Festival acreditei que esse era um dos potenciais a melhor de todos, e fui bem surpreendido negativamente. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas hoje ainda tenho muitos outros para conferir e escrever para vocês, então abraços e até breve.
2 comentários:
De pleno acordo. Chega a ser um "pecado" fazer um filme tao mediano para ruim sobre um homem da magnitude do genio Nikola Tesla. Em Batalha das Correntes ha uma visao muito mais interessante sobre Tesla, alem, e claro, dos protagonistas Edson e Westinghouse.
Infelizmente, nao vale o tempo p assisitr... vale mais a pena assistir duas vezes a Batalha das Correntes
Olá amigo anônimo... triste mesmo viu... aliás estou com vontade de rever "Batalha das Correntes", que na época esperava até algo a mais e acabei reclamando muito, mas acho que revendo volte a gostar bastante dele... abraços e obrigado pelo comentário!
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