A sinopse nos conta que a caçula das filhas do Rei Tritão, Ariel, é uma bela e espirituosa jovem sereia com sede de aventura. Desejando descobrir mais sobre o mundo além do mar, Ariel visita a superfície e se apaixona intensamente pelo arrojado Príncipe Eric, ao salvá-lo de um naufrágio. Mas para procurá-lo em terra firme e se aproximar do príncipe humano, a sereia pede ajuda à bruxa do mar, Úrsula, e aceita ceder sua voz para que a feiticeira lhe dê pernas. Agora, ela terá o desafio de se comunicar com o rapaz ao experimentar a vida em terra firme, além de entrar em conflito com os valores de sua família.
De uma coisa sobre a produção eu tinha certeza, que seria um grandioso musical, ainda maior que o desenho original, pois o diretor Rob Marshall nos transportou para esse mundo diversas vezes com "O Retorno de Mary Poppins", "Chicago", "Nine" e "Caminhos da Floresta", então aqui ele pegou o roteiro de David Magee fez em cima do clássico de 89 e brincou com novas e velhas canções, desenvolveu bem cada situação da trama, e trabalhou um visual tão bonito de ver tanto no fundo do mar quanto na vila do castelo, que confesso que não vi o tempo passar, e olha que aumentaram consideravelmente o longa, pois se na animação tínhamos 83 minutos, agora nos foi entregue algo com 130 minutos de muita ação e envolvimento, ou seja, o diretor pegou algo que já era grande de essência e trabalhou bem cada momento para que tudo ficasse ainda mais amplo, o que funcionou bem demais.
Antes de falar das atuações, quem me conhece sabe que não curto ver filmes com atores reais na versão dublada (sim, é um preconceito e um trauma de colocarem piadas e trejeitos aonde não precisam pôr), mas como os horários legendados estavam horríveis, resolvi dar a chance para a versão nacional, e meus amigos, não sei o que Halle Bailey fez para o público amar sua voz, mas Laura Castro deu literalmente um show no filme inteiro, com canções fortes, tons em nível máximo, fazendo de sua Ariel única e perfeita, ou seja, não sou de recomendar dublado, mas esse vá que a mulher deu show, e não só ela, Ítalo Luis deu uma boa personalidade para seu Príncipe Eric, Andressa Massei foi bem imponente com o tom de sua Úrsula, Pedro Buralli teve uma voz bem característica e interessante para o seu Linguado, e Yuri Chessmann cantou com gosto a canção de Sebastião que tanto ouvi quando era garoto, e um último destaque nacional para a voz de Priscila Concepcion que praticamente fez a Awkwafina com seu Sabidão, ou seja, que elenco de dublagem meus amigos! E falando da presença cênica agora com os atores reais da produção, gostei de ver o estilo de Halle Bailey com sua Ariel, trabalhando bem os olhares e desenvolturas, principalmente nas cenas que não podia falar. Javier Bardem foi bem imponente com seu Rei Tritão, trabalhando todo um estilo de senhor dos mares, o que caiu bem no visual. Jonah Hauer-King botou o corpo para jogo com seu Príncipe Eric, todo cheio de camisa molhada, peito aparecendo e tudo mais. Melissa McCarthy caiu muito bem no papel de Úrsula, de modo que ficou com um estilão malvado, mas trazendo nuances meio que engraçadas como é seu estilo tradicional. Agora quanto aos demais personagens, não vou falar deles pelos atores, pois como vi dublado não vi as entonações que Jacob Tremblay, Daveed Diggs e Awkwafina entregaram para seus Linguado, Sebastião e Sabidão respectivamente, mas suas animações estão perfeitas, com movimentos que lembram bem os animais e de forma que não estranhamos suas desenvolturas, ou seja, puxaram todo o carisma da trama para eles e não fizeram feio.
Agora falar do visual é lembrar do clássico e se apaixonar pelo que fizeram nessa nova versão, pois o fundo do mar é riquíssimo, cheio de peixes e formas na canção "Aqui No Mar", vemos também vários detalhes pelos objetos que a protagonista coleciona dos humanos, a cena da festa no navio foi bem imponente com muitos fogos e dinâmicas, um castelo bem montado com alguns detalhes mais fechados, mas na sala aonde o príncipe guarda seus objetos também foi rico de tudo, tivemos o local da bruxa cheio de nuances escuras e muitos elementos ali para assustar, e a vila ficou muito divertida e colorida cheia de elementos para serem usados, e depois no barquinho outro show visual, ou seja, a equipe de arte brilhou tanto nas locações quanto na computação gráfica para realçar e envolver demais. Outro ponto muito satisfatório foi o uso do 3D para dar imersão nas cenas dentro do mar e fluidez nos atos mais rápidos, de modo que tudo parece estar ao nosso alcance e com a perspectiva perfeita para tudo.
Estamos falando de um musical, e mais do que isso, de um que já teve várias canções que marcaram nossas infâncias nos anos 80, então o elenco tanto original quanto o nacional botaram o gogó para jogo e foram muito bem, de forma que quem quiser dar play no nacional é só clicar nesse link aqui, e quem quiser ouvir a versão original dê o play aqui, pois tudo fez muito sentido com ótimas coreografias e desenvolturas, marcando ritmo e claro funcionando como parte da trama.
Enfim como já disse no começo gostei demais do resultado final que acabaram entregando, sendo algo que vai agradar tanto os fãs do original que não ligarem para as mudanças, quanto os mais novos que poderão se espelhar na nova sereia, pois como disse e friso, sereias não existem, então vá e se divirta, que essa é a proposta, e recomendo demais. Claro que analisando friamente como um filme musical, temos alguns atos praticamente que param para entrar nesse estilo, não seguindo uma naturalidade, e só por isso vou pesar um pouco na nota, mas ainda assim é um filme encantador. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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