Ao pesquisar sobre o diretor vi que o longa que é baseado em um livro, antes de ser lançado como filme foi desenvolvido como uma série em 12 capítulos de pouquíssimos minutos cada, e a montagem entregue aqui conseguiu suprir bem essas quebras, pois o longa tem um desenvolvimento bem cadenciado, as memórias são bem colocadas, porém mesmo sendo curto acaba sendo cansativo e alongado, de tal maneira que muitas situações soam absurdas, e isso recai bem para cima do diretor, pois no livro provavelmente isso funcionou. Ou seja, talvez a trama sem o começo alongado mostrando os problemas da garota, e desenvolvendo isso num miolo sem precisar efetivamente da cena do hospital resultaria em algo melhor e mais sucinto, que não melhoraria muito a ideia com todos os atos absurdos, mas ao menos não enrolaria tanto.
Sobre as atuações, até que Sophie Turner conseguiu segurar bem a dramaticidade de sua Jane, entregando cenas bem imponentes com saltos, cortes e tudo mais, mas exagerou um pouquinho na dramaticidade em alguns momentos, criando desenvolturas parecendo forçadas, o que não é ruim num filme desse estilo, mas que certamente dava para ir por outros caminhos. O mais engraçado é que Corey Hawkins foi indicado ao Emmy por seu papel na série, e seu Paul diria que é mais um coach daqueles que fazem tudo ao contrário do que falam, de tal forma que até soa emocionante alguns de seus atos, mas assim como falei da protagonista, ele também exagera ao máximo nas expressões e isso pesou um pouco na trama. Quanto aos demais, a maioria é mero enfeite cênico, tanto que as cenas no hospital se fosse um filme meu, eliminaria com muita facilidade, e dessa forma vale apenas um leve destaque para Marta Timofeeva como a protagonista criança e Jo Stone-Fewings como o pai dela, por mostrar algum envolvimento e dar as nuances de suicida para a protagonista.
Visualmente tivemos algumas cenas bem imponentes no topo da montanha, com vários pedaços do avião espalhado, tivemos uma descida intensa e bem marcada e uma floresta interessante de ver, a cena do lobo nem preciso dizer que ficou incrivelmente falsa, e o detalhe principal da moça levando o pedaço de espelho desde o avião, saltando, caindo no meio de uma avalanche sem se cortar nem quebrar ele do mesmo tamanho que pegou lá em cima da montanha foi outro absurdo lindo de ver, ou seja, a equipe de arte até pensou nas possibilidades, mas esqueceu de convencer o público do realismo na proposta.
Enfim, é um filme mediano que se atrapalha bastante nas situações, e que entrega algo até bacana de ver, mas que quem ficar prestando atenção nos detalhes vai se incomodar do começo ao fim e o resultado não vai agradar em nada, mas quem assistir apenas como um passatempo pode ser que curta a ideia pelo menos. E é isso pessoal, fico por aqui agora, mas vou arriscar mais um para ver se tenho ao menos um domingo mais feliz, então abraços e até mais tarde.
4 comentários:
Você disse tudo! Achei até que foi bondoso na sua nota. P mim é um 2/10 no máximo
Valeu Nah pelo comentário... rsss é engraçado que como falei, você deve ter se incomodado como eu com os detalhes, mas vi uma amiga que viu como um passatempo meio bobinho e adorou, então vamos ficar no meio do caminho que está valendo... abraços!
Bom dia, interessante sua posição sobre o filme, mas se levar em conta que apenas se focou em um filme baseado numa mera ' tempestade de neve' sim eles buscam apenas sobreviver, e se torna um filme mediano porém, " tempestade" vai além de algo real, é um filme que precisa ver ' alem do olhar humano" focar num conflito interno de uma moça que sabe que não se curou mas precisa lutar com esse tsunami emocional de liga e desliga a todo o tempo e um rapaz que também traz suas pancadas de raios e trovões e tenta se proteger com um guarda chuva de tecido....Enfim a " tempestade" no final ñ passa mas se torna mais amena para a menina que, de certa fora conseguiu um sentido pra seguir em frente...NÃO FAÇA DRAMA COM O QUE NÃO É DRAMA não significa fazer de conta que tudo é ucolorido, mas sim que tempestades emocionais existem e que muitas vezes apenas precisamoa acalmar nossos corações e esperar até ela acalmar para seguirmos. Pra mim foi um filme inteligente, atual e que coloca a gente pra pensar que existrm ' interruptores' que podem ligar e desligar nossos medos, ótimo filme, recomendo, mas é um filme para se assistir inpsirado senão sempre se analisará como uma mera sessão da tarde...nota 10 ( na minha opinão)
Também entendi assim Lúcio, gostei bastante do filme! Todos nós em algum momento precisamos "refazer nossas montanhas "
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