O diretor Andy Fickman tem em seu currículo muitas comédias, e com isso diria que se perdeu um pouco no estilo dramático que deveria ter trabalhado o livro de Taylor Jenkins Reid, pois ficou faltando muita coisa para envolver realmente como deveria, afinal o estilo pedia elementos de envolvimento, pedia conflitos dramáticos mais fortes, e até mesmo os atos cômicos da trama pediam mais sensibilidade para ir além. Fora todo o problema técnico da edição, pois talvez com algo mais linear (nem precisaria ser totalmente linear, tendo uma ou duas quebras no máximo) a trama se desenvolveria bem, conheceríamos os personagens e até julgaríamos eles de uma forma melhor, afinal da forma entregue não é possível saber realmente como foi o passado deles, se a paixão por viagens da protagonista ficou desgastado, pois mesmo passando 4 anos longe da pessoa amada, certamente ela sentiria algo a mais por ele, então ficou tudo artificial demais, não sendo algo ruim de ver, mas que apareceu falhas demais na direção, e isso pesa na hora de assistir um drama romântico.
Sobre as atuações ficou parecendo que Phillipa Soo estava sem muita vontade de atuar, não entregando para nenhum dos dois homens olhares apaixonados com sua Emma, de certa forma sendo doce e intensa, mas sem grandes desenvolturas que chamasse atenção. Luke Bracey já foi mais intenso com seu Jesse, trabalhando emoções mais rápidas e dinâmicas e também criando frases meio que de possessão sobre a mulher, que talvez até tenha pesado na forma que chegou ao voltar de 4 anos numa ilha, e diria que valeria mostrar um pouco mais de seus atos lá, para dar um pouco mais de pena dele. Já Simu Liu pegou seu Sam com tanta empolgação e carisma, que acaba chamando muita atenção, trabalhou também alguns elos cômicos, e diria que pôr o diretor ter uma preferência por esse estilo, seus atos foram mais entregues, ficando divertidos e bem encaixados. Ainda tivemos alguns outros personagens bem colocados em cena, mas valendo apenas destacar o estilo verborrágico da irmã da protagonista que ficou a cargo de Michaela Conlin.
Visualmente o longa teve bons atos numa faculdade de música aonde o protagonista leciona, tivemos o casal protagonista viajando por diversos países, e tivemos atos mais íntimos nas casas e na livraria da família, tendo alguns elos marcantes bem colocados, algumas dicas de livros e também o elemento cênico principal da carta aonde a protagonista expressa melhor seus sentimentos do que falando ao vivo, de tal forma que tudo soou bem encaixado e representativo, de tal forma que diferente de muitas adaptações literárias que parece que você está lendo tudo, aqui o resultado ficou mais fechado, não sendo ruim de ver, mas sim parecendo simples demais.
Enfim, é um filme que dava para ir muito além, que confesso que estava um pouco curioso pelo resultado, afinal durante o Festival Filmelier vi o trailer em 15 dos filmes, ou seja, já sabia até de cor algumas falas, mas que funciona dentro do que se propõe, de ser bonitinho e trabalhar a imaginação de o que você faria numa situação dessa, então para quem curte, vale a sessão, só não espere muito dele, e não pisque ao menos nas cenas iniciais, pois o vai e volta temporal pode deixar um pouco confuso demais. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...