Um dos maiores acertos já foi da produção ter mantido o mesmo diretor e roteirista do primeiro filme, pois Bill Holderman já sabia exatamente como trabalhar com cada uma das personagens, e inseriu as tramas no longa de maneira que elas conseguissem dar todas as nuances possíveis sem precisar de atos apelativos, e isso é muito bom de ver na tela, pois realmente ficou parecendo que elas se conhecem há mais de 50 anos como grandes amigas, sabendo exatamente o que cada uma vai fazer ou desenvolver no próximo ato, e essa síntese costumo dizer que ou realmente você pega atrizes que sempre conviveram juntas, ou necessita de um diretor com um carisma único para passar suas sínteses com muito envolvimento, e aqui diria que foi uma combinação quase que dos dois elementos, pois tudo é bem encaixado pelas protagonistas que já se conhecem há muito tempo e claro pelo bom encontro que o diretor fez no trabalho com elas, transformando uma viagem em algo tão divertido que é notável nas fotos da equipe durante os créditos que todos se envolveram e tiveram férias no trabalho com muita leveza e bons vinhos.
Sobre as atuações, posso confessar que assustei ao ver as idades verdadeiras das protagonistas, pois realmente são lendas do cinema hollywoodiano já nas casas dos 70-86 anos e que ainda se doam com muita desenvoltura nos papeis para serem atrativas e bem dispostas no que tinham para fazer, de modo que aparentaram até menos em suas cenas. Dito isso é claro que o filme aqui recai para a mais velha de todas, Jane Fonda, que está com sua Vivian indo para o seu primeiro casamento depois de muitas aventuras mundo afora, e ela se solta bem, faz boas sacadas, e se entrega por completo para o papel, agradando muito em cena, e sabendo bem o que está fazendo, dando todo o gracejo que o filme necessitava nos seus atos e acertando demais em tudo. Da mesma forma tivemos uma Diane Keaton um pouco mais contida em cena, mas sendo responsável pelas falas mais contundentes com sua Diane, de maneira que transfere o carisma para seu papel, dá as nuances de conexão com as amigas e funciona até como a mais ingênua/bobinha da turma, agradando com muito envolvimento cênico. Candice Bergen entregou sua Sharon imponente como uma boa juíza aposentada deve ser, mas com boas sacadas e encontros, de modo que embora não se solte tanto, ainda assim conseguiu chamar atenção em muitos momentos com os homens da trama. Já Mary Steenburgen é a mais jovem de todas e trouxe para sua Carol atos mais simples e muito mais vontade de tudo que tem para fazer, sendo interessante seu zelo pelo marido e também a forma que se dá com o encontro do passado, sendo algo bem trabalhado e bacana de forma geral. Quanto dos homens da trama, os destaques são para Hugh Quarshie com seu Ousmane bem desenvolto e com uma boa estrutura dramática de um aposentado que está vivendo a vida como deve ser na Itália e também pelos atos rápidos, mas bem divertidos de Giancarlo Giannini como o chefe de polícia que por incrível que pareça atua em várias cidades da Itália, ou seja, é quase um chefão mesmo de polícia, outros que foram bem gracioso foi Andy Garcia com seu Mitchell, Don Jonhson com seu Arthur e Craig T. Nelson com seu Bruce, mas sem dúvida as poucas cenas de Vincent Riotta com seu Chef Gianni foram um grande e divertido encaixe no longa (a cena da van é fora da casinha total). Ou seja, um elenco perfeito e que com muito primor soube agradar do começo ao fim.
Visualmente nem precisaria falar nada, afinal só passaram por locações incríveis seja em Roma, Veneza ou até mesmo a Toscana nos atos finais, passando por grandes monumentos, ruas bem chamativas, fazendo os passeios clássicos, brincando em uma loja de vestidos, tendo uma noite romântica numa escola de gastronomia, entrando em algumas confusões seja pelo despacho de malas ou pela carga que levaram, e muito mais, sendo que o trailer parece entregar quase tudo, mas não se preocupem que desenvolveram bem todos os atos em belíssimas tomadas regadas a muito vinho, que mostrou que a equipe de arte não economizou o dinheiro da produção.
Outro ponto bacana é que adaptaram algumas canções clássicas de outros filmes para versões italianas, e com isso a trilha sonora teve um ganho bem interessante, então é claro que deixo aqui o link para conferirem algumas, junto claro com as trilhas orquestradas do compositor do filme Tom Howe, e como muitas das canções não estão no link, mas são bacanas de ouvir, nesse outro link fizeram um bom trabalho de enumerar até as partes aonde tocam no filme.
Enfim, confesso que estava com muito medo do resultado do filme, pois o primeiro foi algo mais voltado mesmo para mulheres, com uma pegada um pouco até apelativa, mas aqui souberam desenvolver melhor todas as sacadas e assim dá para recomendar para todos que gostem de uma boa comédia leve e cheia de desenvolturas, valendo bem a conferida. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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