Diria que o diretor Stephan Rick foi bem ousado no desenvolvimento do roteiro, pois a história em si tinha tudo para ser bem básico, mas conforme vamos vendo tudo o que o vizinho faz, tudo acaba tomando proporções de psicopatia de nível máximo, aonde tudo só piora (ou melhora para nós que gostamos de ficar tensos com esse tipo de filme) para o protagonista, e o melhor é que o diretor soube segurar toda a dinâmica para claro acontecer o tradicional do estilo com uma boa reviravolta. Ou seja, o filme tem um estilo diferenciado em cima de situações comuns de tramas do gênero, porém como foi bem desenvolvido pelo diretor e pelos protagonistas, o resultado acaba indo para rumos bem mais interessantes do que o comum, e principalmente consegue travar o público com uma boa tensão, afinal tudo pode acontecer com a forma que o protagonista ficou preso, e isso foi muito funcional para o resultado do filme.
Sobre as atuações, Luke Kleintank trabalhou bem seu David, fez trejeitos desesperados nos atos principais, se desenvolveu bem durante os períodos acompanhando o caso com atos meio que depressivos, e depois que achou que tudo tinha ficado bom para ele voltou a vida normal, e o ator soube dosar bem todos esses estilos para cadenciar com seu antagonista, o que agradou bastante na tela. E falando do antagonista, Jonathan Rhys Meyers se jogou por completo com seu Robert, criando todas as nuances possíveis de uma pessoa problemática, mas cadenciou seus atos para algo menos impactante para não soar forçado, e isso foi muito bom de ver na tela, pois já de cara parecia alguém estranho, e se saísse explodindo tudo de uma vez acabaria sem sentido, e da forma escolhida ficou denso e bem colocado. Uma grande valorização posso dar para a equipe de maquiagem e cabelo, pois Eloise Smyth ficou muito parecida com Ieva Florence, realmente parecendo irmãs, tanto que após a morte da segunda logo no começo do filme, achei que era a mesma que estava fazendo um segundo papel, mas não Eloise segurou bem a onda de sua Vanessa, e seus atos finais foram bem dramatizados para chamar mais atenção. Quanto aos demais, a maioria apenas teve leves conexões com os personagens, levando claro a pior para Bruce Davison e Regina Razuma com seus Grant e Senhora Petrova, que não fizeram muito, mas acabaram no caminho do maluco.
Visualmente o longa foi simples, mas muito bem colocado, com algumas casas meio rústicas em um bairro afastado da cidade, uma boate/bar bem tradicional, uma redação de um jornal, uma barraca na beira de um lago, alguns atos de pesca, de canoagem e claro bons elementos cênicos para marcar cada ato, desde uma churrasqueira, um carro antigo de marca, e claro alguns apetrechos usados pelas profissões de cada um, de modo que vale claro o destaque para as miniaturas do maluco com os desenvolvimentos no mini-cenário conforme as coisas iam acontecendo, mostrando uma brincadeira da direção de arte com o roteiro.
Enfim, é um filme que chama a atenção para os tipos "amigáveis" que muitos acabam se metendo, e que depois se veem numa enrascada gigante para conseguir sair ou tirar a pessoa de perto, e claro que uma mentira/crime que poderia ser mais simples acaba virando algo gigante quanto mais se mexe. Ou seja, vale bem a recomendação e quem gosta de um bom suspense vai entrar bem nessa refilmagem do longa alemão de 2011. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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