Não conhecia o trabalho da diretora April Mullen, mas posso dizer que o que entregou aqui foi algo bem trabalhado, com nuances bem desenvolvidas e uma história que convence bem do começo ao fim, de forma que não cheguei a pensar no final entregue e isso é bem interessante de ver vindo de uma diretora de séries, ou seja, conseguiu pensar numa forma de fechamento sem precisar de continuações, porém diria que ela alongou um pouco a trama, pois mesmo sendo curto com apenas 95 minutos, parece ter muito mais já que as cenas são meio lentas, e assim sendo dava para explodir mais com a história do agente, que fica claro sua obstinação, mas poderia ser mostrado a cena para o público ter um pouco mais de carisma com ele. Ou seja, de forma alguma vou falar que não gostei do que vi, pois achei um tema bem interessante e muito bem desenvolvido, mas dava para impactar muito mais.
Outro ponto bem positivo na trama foi a inserção de atores bem colocados em cada personagem, de modo que nos conectamos bastante com toda a imposição do agente Kessler vivido por um Sam Worthington direto nas atitudes, desesperado para capturar e entender o programador fugitivo, mas cheio de estilo e bem colocado nas cenas de ação. Nos afeiçoamos bastante na personalidade de Robbie Amell com seu Evan em dúvida do que realmente é e como conquistar novamente o amor de sua amada, e trabalhando de um modo seco, mas com sentimentos deu bons atos para o personagem. Ficamos intrigados com todo o estilo que Simu Liu dá para seu Casey, mas quando descobrimos seu plano por completo ficamos ainda mais em dúvida de tudo o que faz, e o ator se mostrou bem direto nas intensões e densidades, criando um bom personagem em cena. E até mesmo Jordana Brewster que costuma soar meio inexpressiva na maioria dos filmes que faz acabou entregando uma Faye densa e com vontades bem trabalhadas. E para finalizar os protagonistas diria que Alicia Sanz fez bem os atos de suas Esmé, tendo cada uma um estilo diferente, mas ambas diretas e bem cheia de olhares. Ou seja, todos foram bem em cena, só sendo algo meio estranho a robô que Masa Lizdek entregou, pois mesmo sendo artificial como deveria, o resultado ficou meio bizarro.
Visualmente o longa entregou atos até que bem interessantes, com uma cidade mista entre ambientes normais e alguns tecnológicos, com hologramas, armas de pulso eletrônico e o charme ainda ficou para as casas dos protagonistas, com moveis mais clean, mas tudo bem rebuscado, mostrando claro o estilo das pessoas que vão fazer seus clones, afinal deverá ser bem caro o processo, então diria que a equipe de arte minimizou tudo e fez um bom serviço.
Enfim, é um filme bem interessante que dava para ter ido mais além, principalmente se melhorasse o ritmo, mas que funciona bastante pela proposta e pela reflexão em cima de uma possível revolução das máquinas para cima da humanidade, mesmo que venham mais humanizadas, então eu acredito que não verei isso acontecer durante essa minha passagem nesse planeta, se voltar mais para frente quem sabe, então fica a dica para a conferida. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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