Diria que o diretor Ernesto Contreras quis fazer uma homenagem significativa aos mestres que lhe ensinaram e trabalhou bem o roteiro que lhe foi entregue, pois vemos bem o carisma da professora que tenta ajudar em tudo, vemos os pais que não sabem ler uma simples carta dos filhos, e claro toda a desenvoltura de crianças simples que desejam o pouco que tem de uma forma melhor, e com esse emocional simples, ele trabalha até que bem toda a essência mesmo nos atos mais duros que é o caso do inspetor de educação que está fechando algumas escolas pelo país. Ou seja, o diretor foi sutil e ao mesmo tempo bem direto na base de um país ao mostrar que a educação pode levar pessoas para longe, mas também pode mudar as pessoas de um lugar, só que diria que ele acabou priorizando um pouco mais alguns elos que não precisaria tanto, e faltou conectar melhor todos os trilhos do trem que mostrou, pois dava para ser ainda mais sentimental se não cortasse tantas cenas notáveis.
Sobre as atuações, diria que Adriana Barraza foi muito bem na personalidade da professora Georgina, trabalhando carisma junto com bons olhares. Kaarlo Isaacs deu uma boa desenvoltura para seu Ikal, e até mesmo as demais crianças conseguiram segurar bem seus papeis, destacando claro Frida Cruz com sua Valeria, Ikal Paredes com seu Tuerto e Diego Montessoro com seu Chico, de forma que criaram bem uma aliança gostosa de ver e entregaram bons atos. Além deles Memo Villegas fez bem o Inspetor Hugo, porém seu personagem só se conecta mesmo no último ato, de tal forma que várias cenas suas ficaram meio que estranhas, e isso pegou um pouco no resultado cênico.
Visualmente o longa tem um bom estilo, mostra bem o processo de criação de algumas linhas de trem, vemos os alojamentos todos bem conectados como vagões mesmo, vemos uma escola simples, mas com boas atitudes da professora para mostrar um pouco mais de tudo para seus alunos, independente de séries, mas sim juntando cultura e aprendizado, vemos muitos objetos cênicos, um circo simples também, mas cheio de magia para as crianças que nunca viram nada ali, vemos claro a propriedade do patrão das terras com muita comida, e tudo bem representado para as mudanças do governo. Ou seja, a equipe de arte trabalhou bastante para representar tudo na tela, não ficando algo barato de ver, mas que funcionou ao menos.
Enfim, é um filme bem simples, bonito de ver, com um ar de emoção bem colocado, mas que dava para ir muito além, valendo a recomendação pelo tema educação ser algo que sempre vale o play, mas poderia facilmente ser daqueles memoráveis com bem poucas mudanças. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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