Diria que o diretor Peter Thorwarth é daqueles que gostam de muita ação com temas diferenciados, pois já vimos ele botar vampiros em um avião, e agora colocou alemães contra alemães numa trama insana e ao mesmo tempo interessante, pois ao brincar com os últimos dias da Segunda Guerra Mundial e a SS em busca de ouro judeu escondido por outros alemães, acabamos vendo algo bem conflituoso, mas não só pela essência trabalhada, mas sim pelos atos cheios de violência, sangue para todo lado e até coisas bizarras em cena, numa brincadeira meio cômica, meio séria, que até entrega algo bem feito do estilo, mas que se baseia em situações já trabalhadas, que até dariam para funcionar melhor se ele jogasse completamente para o escracho, mas ao tentar levar para algo mais de profundidade acabou se perdendo um pouco. Ou seja, não é um filme ruim, só faltou optar melhor para o caminho que desejava mostrar na tela, que aí talvez funcionasse com mais vontade.
Sobre as atuações, Robert Maaser se jogou por completo com seu Henrique, brigou bastante, fez olhares de todas as formas, levou tiro, facadas, foi enforcado e tudo mais em cena, de tal forma que o protagonista surpreende nas atitudes, e talvez pudesse ter ido até mais além. Marie Hacke também trabalhou bastante sua Elsa, sendo imponente, ousando em trejeitos bem dramatizados, e não se fazendo de vítima em nenhum ato, o que acaba sendo marcante com sua força. Alexander Scheer ficou bem interessante com a maquiagem de seu Von Starnfeld, desenvolvendo atos mais dirigidos, mas com muita imposição no melhor estilo que um general deve ser. Ainda tivemos atos bem marcantes com Florian Schmidtke com seu Dörfler, no melhor estilo de um combatente que não se abala por nada e luta até o último minuto, sendo intenso e bem colocado em todas as cenas. E por fim, mas não menos importante ainda tivemos Simon Rupp com seu Paul fazendo um estilo mais fechado de expressões, mas colocando tudo o que podia para chamar atenção, agradando bastante. Ainda tivemos muitos outros personagens na cidade, cada um desenvolvendo suas cenas, mas sem irmos muito além com nenhum, de forma que não vale destacar ninguém.
Visualmente o longa tem boas cenas de ação, com muitos tiros e explosões, sendo a maioria na igreja, seja no topo, na frente e até no altar, vemos uma cidadela bem criada com todo o gracejo da pousada e claro muito sangue e pedaços para todos os lados, de forma que a equipe protética trabalhou bastante junto com a maquiagem, mostrando o estilão mais cru, mas que funcionou bem dentro da proposta com muitas armas, pás e tudo mais que pudesse ser usado em combate, inclusive barras de ouro!
Enfim, o longa passa longe de ser algo brilhante, mas também fica bem longe de ser algo ruim de ver, de forma que acaba sendo um bom passatempo sangrento para quem gosta do estilo, valendo a recomendação com ressalvas. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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