Diria que o diretor Jim Strouse soube trabalhar bem as dinâmicas do livro "SMS Para Você" para que seu filme tivesse uma fluidez gostosa de acompanhar, pois é rápido e direto nos pontos, de forma que logo de cara temos o acidente, quase tão rápido o rapaz já conta que via tudo e claro há o conflito nítido rapidamente também quando a jovem descobre o que o rapaz não contou, ou seja, não espere ver uma trama que vai contar tudo nos mínimos detalhes que essa não era a proposta do diretor, e ele soube utilizar cada elo bem encaixado para ir apresentando no miolo, não necessitando parar para isso, depois ir para o outro caso e assim sucessivamente, de modo que a edição deixou ainda mais veloz toda a trama. Ou seja, é daqueles filmes bem fáceis de pegar e amarrar tudo na mente, de modo que uns vão se apaixonar mais e outros menos, pelo simples motivo de que embora o casal seja fofo com as entregas e dinâmicas, por vezes não pareceram tão apaixonados como deveriam, e isso é um pequeno peso que faltou para irem além, mas como bem sabemos as músicas de Celine Dion são conselhos nítidos e tem muita profundidade nas letras, quem conhece um pouco da sua vida também sabe o quão apaixonada pelo marido foi, e ver toda essa dinâmica colocada junto mostrou que o diretor ousou em pegar ela após tudo o que rolou em sua vida pessoal, e deixar fluir, e o acerto veio bem a calhar.
Sobre as atuações, não li o livro para ver as principais características dos personagens, mas diria que Priyanka Chopra Jonas não seria a primeira opção dos produtores, pois a jovem até desenvolveu bem sua Mira com um estilo bacana, não sendo nem velha nem jovial demais, com uma pegada meio reclusa e alguns olhares bem cativantes, mas talvez precisasse de um pouco mais de exigência para explodir melhor em cena, já que tudo seu é fofinho e até seus atos mais densos não foram tão além, mas ao menos teve carisma para chamar a atenção. Já Sam Heughan se jogou por completo para o papel de Rob, de tal forma que soube trazer a música para seus trejeitos, teve olhares apaixonados bem marcantes e desenvolveu bem cada momento de seu personagem, não trazendo tanto carisma para si, mas sim uma boa personalidade e agradando com isso, só faltando um pouco mais de pesquisa para com os jornalistas musicais, pois ficou meio desconexo nos atos que precisava mostrar um pouco mais de desenvoltura no meio. Celine Dion fez bem o papel dela mesma, não chamando tanto a atenção para si, mas sim para um lançamento de nova volta aos palcos e com músicas novas, trabalhando alguns trejeitos como conselheira para o jovem jornalista, mas sem ir muito além, e isso não atrapalhou o andamento do filme, pois ela encaixou no que a trama precisava e não num Hitch como alguns poderiam imaginar, ou seja, foi bem e voltando agora de tudo o que passou também não era para se desgastar em cena. Quanto aos demais, foram todos bem conectados como aqueles famosos amigos que torcem para os casais se juntarem, então vemos desde a irmã da protagonista bem despojada que Sofia Barclay se propôs a fazer e também vemos os colegas de trabalho do jornalista bem interessados em ajudar o protagonista na sua empreitada, bem feitos por Russell Tovey e Lydia West, de modo que nada explosivo, mas puxando bem a comicidade para o segundo plano com eles. Tenho de dar um destaque meio que ruim para o marido verdadeiro da protagonista, Nick Jonas, pois jogaram ele em um homem fútil tão bobo que nem no pior aplicativo de relacionamentos alguém cairia naquilo.
Visualmente o longa teve atos bem trabalhados, desde hotéis aonde a cantora estava para entrevista, um palco semi-arrumado para ensaios, vemos a redação do jornal bem despojada como tem rolado em muitos jornais mundo afora, a casa de ambos os protagonistas simples, mas recheados de detalhes com a dela tendo muitos elementos de uma desenhista de livros infantis, vemos o processo de mudança do desenho de algo meio deprimente para mais alegre com o humor da protagonista, vemos as conexões do basquete que o protagonista gosta nos jogos e até na cestinha de seu trabalho, e claro alguns restaurantes para encontros bem colocados. Como a trama é baseada num livro, o longa está recheado de elementos cênicos marcantes como os tênis que os protagonistas usam, o jeito de comer lanche, e muitos outros elos pequenos que certamente deram um pouco de dor de cabeça para a equipe de arte, mas que funcionaram bem dentro do visual da trama.
Como o filme usa como base as canções de Celine Dion, é claro que a trilha sonora é um álbum completo da cantora, e as músicas deram bons tons e as letras ficaram bem evidentes, além de que temos algumas canções novas dela, então já fica aqui o link para curtirem antes, durante e depois do filme.
Enfim, é um filme romântico simples que até poderia ter alçado voos maiores, mas que é leve, gostosinho e tem estilo, que talvez os leitores do livro reclamem por faltar coisas (isso é o de praxe), mas que minha maior reclamação (de alguém que não leu o livro) é de faltar um pouco mais de emoção, pois acostumei que filmes românticos com pegadas dramáticas precisam fazer ao menos eu ficar com vontade de chorar ou emocionado com o resultado, e isso não aconteceu, então vá sem muitas expectativas que é capaz de gostar um pouco mais. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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