Diria que o diretor Erik Cotrina e o Padre Francisco Verar tiveram uma boa conexão para escolher bem os entrevistados e fizeram uma boa pesquisa para que seu documentário tivesse uma base interessante e funcionasse bem dentro da proposta, pois fica claro que o Padre já vem há anos estudando todos os trabalhos dos marianos do mundo todo para que não ficasse preso somente em seu país e no vilarejo, de tal modo que tudo tem um estilo próprio, não ficando nem arrastado nem com pontas soltas, sendo completo como todo bom documentarista deve fazer. Ou seja, é daqueles filmes que trazem bons depoimentos, que passa sua mensagem de forma bem trabalhada, e certamente cativa o público que é fiel ao tema, mostrando um lugar que nem sei se todos já conheciam as histórias, e que vai fazer com que muitos queiram poder estar nesse lugar de muita fé. Porém diria que poderiam ter ido além, afinal os mistérios que a virgem contou para os videntes não são revelados no filme, apenas dizendo sobre o que são cada um, mas isso seria pedir demais, então não vá assistir esperando revelações, mas sim inclusões para que a fé seja renovada e claro sempre orações e conexões com o mundo religioso. Felizmente fizeram poucos atos com uma interpretação dramatizada como pano de fundo, pois é até foi bem trabalhada, mas não vai muito além em nada do filme em si e apenas mostra alguns atos da vida de Maria, mas nada que encaixasse nas visões ou na essência dos peregrinos, então daria para economizar com os atores e ter colocado mais alguns depoimentos, não que tenham atuado mal, mas não traz nenhuma novidade cênica como filme ficcional mesmo.
Enfim, é um documentário bem feito, honesto com a proposta, que como já disse não força a barra e entrega uma carta bem colocada para o público alvo conhecer um pouco mais desse local de devoção e também dos diversos lugares no mundo que pessoas que visitaram lá e seguem passando as mensagens do local nas suas devidas comunidades, e que vale a recomendação para todos da Igreja Católica irem conferir, claro que dava para ir além, mostrar um pouco mais das mensagens de Maria para o público, e talvez até ir um pouco mais para convencer pessoas não tão religiosas (como é o meu caso), mas aí recairia para outros vértices, e não deixaria aberto o tema para mais discussões, então fica a dica para irem não esperando tantas respostas assim na tela. E é isso meus amigos, fico por aqui agradecendo o pessoal da Kolbe Arte por me mandar a cabine de imprensa, parabéns pelo trabalho que estão fazendo com esse estilo de filme, trazendo vários exemplares durante o ano para esse público religioso, e volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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