Ao menos o filme teve dois diretores e fico na torcida pelos atores para que eles não fossem uma Lola com eles, pois a personagem de Penélope Cruz é daquelas diretoras completamente malucas, que exigem absurdos e muito mais de seus protagonistas, então se Mariano Cohn e Gastón Duprat foram dessa forma em dobro ainda, fico com muita dó dos atores protagonistas aqui (ou não, já que merecem também umas puxadas de orelha!!). Mas brincadeiras a parte, diria que os diretores e roteiristas foram muito bem no cerne de uma história casual que facilmente quem trabalha no meio cinematográfico já viu acontecer, com brigas, egos, exageros e tudo mais em apenas alguns dias de convívio complexo, e souberam desenvolver cada personagem de maneira precisa para cada situação, e o melhor de tudo é que eles conseguem nos convencer dos absurdos que ocorrem, ou seja, mesmo que você não seja do meio, você irá acreditar em cada momento, irá se desesperar junto e surtar com tudo o que é mostrado, sendo um trabalho perfeito de 3 diretores (2 reais e 1 personagem) e 5 atores (3 reais e 2 personagens) que juntos com os demais deram show na tela.
Sobre as atuações, acredito que deva ser muito mais difícil fazer papel de ator e diretor em uma trama do que criar um personagem mais comum, pois muitas vezes você vai se comparar ou então parecer demais com algum conhecido, e com isso tudo entra em conflito na tela, porém o elenco escolhido não tinha como dar errado, e o trio principal simplesmente se jogou em cena e deu show. Para começar é claro que tenho de colocar Penélope Cruz no topo, pois sua Lola Cuevas é brilhante, com olhares ameaçadores, com disposição física para sair da caixa e colocar o ego dos atores no chão, cheia de loucuras e manias, mas completamente imponente, sendo perfeita para o papel. Oscar Martínez também foi bem direto e cheio de métodos para mostrar seu Iván Torres como um dos atores tradicionais de teatro, que dão aulas para outros atores e tem o nome acima de tudo, contando com desenvolturas mais clássicas, mas não menos importantes para a trama de modo a chamar muita atenção e claro ciúmes do outro protagonista, sendo preciso e imponente também. Agora se você não rir com metade do estilo de Antonio Banderas com seu Félix Rivero você já morreu, pois o ator consegue ter um carisma tão estranho, com uma personalidade cheia de trejeitos, que facilmente enxergamos uma dezena de atores do mesmo estilo no mundo hollywoodiano, e ele pega o papel com uma facilidade que impressiona demais, valendo cada minuto seu. Ainda tivemos outros personagens que deram mais conexões como o bilionário vivido por José Luiz Gómez, a sua filha que coloca na produção que Irene Escolar entrega bem, o assistente de Félix completamente exótico que Koldo Olabarri entrega e até mesmo a assistente da diretora seca que Nagore Aranburu faz são bem encaixados na trama, ou seja, todos caíram muito bem em seus papeis e descontaram o que veem nos bastidores das produções que já fizeram.
Visualmente a trama se passa praticamente toda dentro do Instituto do bilionário, com ensaios completamente malucos, mostrando bem o trabalho de decupagem das cenas que a diretora fez com elementos que desejava ver, recortando modelos de pessoas, de tecidos junto com a diretora de arte da trama, colocando elementos para os protagonistas se desenvolverem, criando ambientes estranhos como o da pedra e dos microfones, mas sem dúvida alguma a cena mais impactante é a do teatro, pois meus amigos, é um surto de outro nível o que a produção arrumou para representar ali, sendo um trabalho minucioso e até que bem detalhado, sem precisar ir muito além, mostrando que a equipe artística brincou bastante em cena.
Visualmente a trama se passa praticamente toda dentro do Instituto do bilionário, com ensaios completamente malucos, mostrando bem o trabalho de decupagem das cenas que a diretora fez com elementos que desejava ver, recortando modelos de pessoas, de tecidos junto com a diretora de arte da trama, colocando elementos para os protagonistas se desenvolverem, criando ambientes estranhos como o da pedra e dos microfones, mas sem dúvida alguma a cena mais impactante é a do teatro, pois meus amigos, é um surto de outro nível o que a produção arrumou para representar ali, sendo um trabalho minucioso e até que bem detalhado, sem precisar ir muito além, mostrando que a equipe artística brincou bastante em cena.
Enfim, confesso que não esperava nem metade do que vi no longa, e pela sinopse achei que seria algo bem bobo, mas tem tanta personalidade e desenvoltura, misturando bem as doses cômicas e dramáticas, sendo daqueles que você ri sabendo do que riu, não por algo que tenha sido forçado, e dessa forma o resultado final acaba sendo incrível, valendo demais a recomendação para todos, mas para os amigos do meio cinematográfico acaba sendo obrigatório a conferida. E é isso pessoal, não darei a nota máxima para o filme somente por desejar talvez por querer que tivesse ainda mais uma ou duas cenas depois do final, mas isso não tira o mérito da trama, então veja! E eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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