Diria que o diretor Damien Power foi bem centrado em todas as boas sacadas que o livro de Taylor Adams tinha para entregar, pois o ambiente fechado, toda a desenvoltura bem amarrada, e claro situações imponentes dos personagens vão criando tensão, vão se desenrolando de formas inusitadas, e muito do que ocorre ao mesmo tempo que fica desesperador também dá outras sínteses para tudo o que faz, de modo que seu filme tem tantas reviravoltas no miolo que o grande fechamento impacta e deixa aquela pulga na orelha, o que é claro não vai ser revelado. Ou seja, não conhecia os trabalhos dele, mas posso dizer que teve uma boa pegada cênica, não deixou que seu filme esfriasse, e principalmente soube brincar com as possibilidades, não ficando tão fechado quanto a maioria dos filmes, mas também não saindo jogando para todos os lados, o que é o certo para diretores não tão experientes no estilo.
Sobre as atuações, diria que Havana Rose Liu construiu bem um estilo duplo interessante que a personagem Darby precisava, de tal forma que suas desenvolturas soaram estranhas, meio que forçando um pouco a barra com alguns trejeitos, mas sempre dosando os olhares e se mantendo bem em cena, trabalhando atos desesperadores fortes, e impactando como deveria, ou seja, o filme acaba sendo quase que na íntegra dela, e isso é bom de ver. Danny Ramirez também segurou bem as pontas de seu Ash, tendo atos calmos bem trabalhados e alguns explosivos marcantes, sendo violento com precisão e determinado com uma pegada ampla interessante de ver na tela. Já David Rysdahl trabalhou seu Lars com trejeitos malucos e desengonçados, de tal forma que se impõe e sobrepõe ao mesmo tempo nas suas cenas, sendo até engraçado de ver, mas não falhou em cena, e é isso o que importa. Diria que os personagens de Dennis Haysbert e Dale Dickey com seus Ed e Sandi até têm uma boa participação na trama, mas nos atos que mais precisaram desapontaram com trejeitos um pouco forçados demais, mas mantiveram a pose ao menos, e quanto da garotinha Mila Harris fez pouco em cena sendo quase um objeto usado pelos personagens, ou seja, não foi muito além.
Visualmente particularmente gosto muito de filmes envolvendo neve, então o longa acaba sendo bonito de ver com toda uma nevasca rolando lá fora do centro de turistas meio abandonado, vemos o ambiente com poucos detalhes tendo apenas um café, alguns petiscos e um banheiro em reformas, uma mesa com algumas cadeiras, os protagonistas arrumam um baralho, lá fora a van com a garota, tudo muito coberto por neve, algumas armas, e claro o famoso aparelho de pregos automático, que tanto gostam em filmes trash, e aqui acaba tendo uma cena bem marcante. Além disso temos a clínica de reabilitação com a tradicional roda de cadeiras aonde cada um conta sua história, ou seja, é um filme com bons elementos, porém bem simples, e isso funciona bastante para que o filme não crie grandes atos fora da tensão.
Enfim, é um filme que esperava até menos dele, mas acabei gostando bastante da tensão criada, e cumpriu com o que estava procurando para o dia de hoje, e claro tendo algumas reviravoltas interessantes, e uma possibilidade ainda mais impactante com o ato final, então é de se pensar, e vale a dica para todos que não o viram ainda. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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