Star+ - Sem Saída (No Exit)

5/11/2023 12:33:00 AM |

Não sei o que anda rolando mundo afora (tirando claro a greve dos roteiristas, que tem impactado novas obras e muitas séries), mas está bem feia a situação dos streamings, saindo tão poucos filmes realmente chamativos que daqui a pouco ou eles se unem de novo e formam um conglomerado ou daqui a pouco não vai compensar pagar pela maioria, mas como entrei nesse meio bem depois que a maioria, tenho ainda alguns filmes na minha lista para ver e vou voltando nas datas para achar algo que preste pelo menos, e uma sinopse/cartaz que me chamou atenção hoje procurando por algo que pudesse me surpreender foi "Sem Saída", que está no catálogo da Star+, e mesmo tendo um nome tão comum de vários outros filmes entrega uma trama que vai no limite máximo de coisas impossíveis acontecendo no meio do nada em uma nevasca, contando com muita tensão, desenvolvendo bem as personalidades dos envolvidos, e o melhor de tudo é que no final a reviravolta pode deixar o público completamente revoltado com o que acontece, ou não, pois são duas possibilidades bem marcantes, e diria que ambas valem o pensamento. Ou seja, se você ainda não deu play nele, afinal já está por lá há mais de um ano, é um bom nome no meio dessa escassez, do contrário, em breve trago mais nomes.

A sinopse nos conta que uma jovem foge da reabilitação roubando um carro para que ela possa visitar sua mãe doente, porém fica presa com um grupo de pessoas em uma parada de descanso na montanha durante uma nevasca. As coisas pioram quando a jovem descobre uma criança sequestrada em um carro pertencente a uma das pessoas lá dentro, colocando o grupo em uma terrível situação de vida ou morte enquanto eles lutam para descobrir quem entre eles é o sequestrador.

Diria que o diretor Damien Power foi bem centrado em todas as boas sacadas que o livro de Taylor Adams tinha para entregar, pois o ambiente fechado, toda a desenvoltura bem amarrada, e claro situações imponentes dos personagens vão criando tensão, vão se desenrolando de formas inusitadas, e muito do que ocorre ao mesmo tempo que fica desesperador também dá outras sínteses para tudo o que faz, de modo que seu filme tem tantas reviravoltas no miolo que o grande fechamento impacta e deixa aquela pulga na orelha, o que é claro não vai ser revelado. Ou seja, não conhecia os trabalhos dele, mas posso dizer que teve uma boa pegada cênica, não deixou que seu filme esfriasse, e principalmente soube brincar com as possibilidades, não ficando tão fechado quanto a maioria dos filmes, mas também não saindo jogando para todos os lados, o que é o certo para diretores não tão experientes no estilo.

Sobre as atuações, diria que Havana Rose Liu construiu bem um estilo duplo interessante que a personagem Darby precisava, de tal forma que suas desenvolturas soaram estranhas, meio que forçando um pouco a barra com alguns trejeitos, mas sempre dosando os olhares e se mantendo bem em cena, trabalhando atos desesperadores fortes, e impactando como deveria, ou seja, o filme acaba sendo quase que na íntegra dela, e isso é bom de ver. Danny Ramirez também segurou bem as pontas de seu Ash, tendo atos calmos bem trabalhados e alguns explosivos marcantes, sendo violento com precisão e determinado com uma pegada ampla interessante de ver na tela. Já David Rysdahl trabalhou seu Lars com trejeitos malucos e desengonçados, de tal forma que se impõe e sobrepõe ao mesmo tempo nas suas cenas, sendo até engraçado de ver, mas não falhou em cena, e é isso o que importa. Diria que os personagens de Dennis Haysbert e Dale Dickey com seus Ed e Sandi até têm uma boa participação na trama, mas nos atos que mais precisaram desapontaram com trejeitos um pouco forçados demais, mas mantiveram a pose ao menos, e quanto da garotinha Mila Harris fez pouco em cena sendo quase um objeto usado pelos personagens, ou seja, não foi muito além.

Visualmente particularmente gosto muito de filmes envolvendo neve, então o longa acaba sendo bonito de ver com toda uma nevasca rolando lá fora do centro de turistas meio abandonado, vemos o ambiente com poucos detalhes tendo apenas um café, alguns petiscos e um banheiro em reformas, uma mesa com algumas cadeiras, os protagonistas arrumam um baralho, lá fora a van com a garota, tudo muito coberto por neve, algumas armas, e claro o famoso aparelho de pregos automático, que tanto gostam em filmes trash, e aqui acaba tendo uma cena bem marcante. Além disso temos a clínica de reabilitação com a tradicional roda de cadeiras aonde cada um conta sua história, ou seja, é um filme com bons elementos, porém bem simples, e isso funciona bastante para que o filme não crie grandes atos fora da tensão.

Enfim, é um filme que esperava até menos dele, mas acabei gostando bastante da tensão criada, e cumpriu com o que estava procurando para o dia de hoje, e claro tendo algumas reviravoltas interessantes, e uma possibilidade ainda mais impactante com o ato final, então é de se pensar, e vale a dica para todos que não o viram ainda. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.

PS: Daria um 7,5 para ele, mas sem notas quebradas vai valer o 8.


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