Muitos conhecem o diretor D.J. Caruso pelos grandiosos filmes de ação que fez como "Eu Sou o Número Quatro" e "xXx: Reativado", mas ele é daqueles que gostam de ousar em filmes de todos os estilos, tendo romances, dramas e até o bom suspense "Paranóia", que fez muito sucesso em 2007, e aqui ele voltou a brincar com essa ideia de trama mais fechada, aonde a desenvoltura se dá de modo mais claustrofóbico e ousa mostrar uma mãe tentando ensinar e defender seus filhos mesmo estando presa dentro de uma dispensa. Acredito que o diretor, assim como eu, viu muitos comentários de pessoas falando que uma mãe em desespero pela filha arrebentaria aquela porta no braço, mas pós reabilitação de drogas, com as mãos furadas não sei se todas conseguiriam não, então sigo com a loucura que o diretor e a roteirista criaram mostrando uma possibilidade que dava para ter sido pensada antes pela protagonista, mas aí não teríamos o filme, e a reta final foi ainda mais tensa e bem trabalhada, mostrando ao menos que o diretor ainda sabe fechar bem sua trama.
Sobre as atuações, diria que Rainey Qualley conseguiu segurar bem o filme que é praticamente todo focado nela, de modo que sua Jessica tem força física, tem força de vontade para não cair para as drogas novamente e seus trejeitos foram bem colocados com segurança, de modo que o filme se molda em torno dela e ela não decepciona. A garotinha Luciana VanDette também foi muito graciosa em todas as cenas de sua Lainey, toda disposta para tudo que sua mãe lhe pedia para fazer, correndo para lá e para cá, e sendo precisa para chamar muita atenção, o que acabou agradando bastante. Ainda tivemos bons atos imponentes de Jake Horowitz com seu Rob completamente chapado com a quantidade de drogas na cabeça, e também Vincent Gallo com seu Sammy surtando com o que a protagonista fez com ele, de modo que ambos foram secundários, mas tiveram grandes participações nos atos do filme.
Visualmente a trama é bem fechada quase que toda dentro de uma dispensa praticamente vazia, tendo apenas alguns vidros de manteiga de maçã da avó da moça, uma bíblia, um crucifixo e algumas panelas, vemos uma casa já meio que depreciada, um grande pomar de maçãs aonde a garotinha corre para pegar algumas para a mãe, claro o processo de uso da droga nos atos finais, e alguns atos bem fortes de pregos e ferramentas nas mãos, que deram um tom mais visceral para o longa, não sendo algo tão imponente, mas que funciona bastante.
Enfim, é um filme bem interessante de ver, que não chega a criar uma tensão como poderia e deveria, mas que trabalhou de forma enxuta e consistente, e entregou atos fortes nos momentos que precisava ocorrer, de forma que o resultado até dava para ir mais além, mas que agrada bastante, valendo a recomendação. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas e textos, então abraços e até logo mais.
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