Diria que o diretor Matt Carter trabalhou bem toda a essência de relacionamentos familiar, de equipe e de casais, sejam eles homossexuais ou heterossexuais, principalmente ao colocar o caso dos pais do protagonista nesse meio, de tal forma que ele quis criar um paralelo bem trabalhado e o resultado acaba sendo chamativo por isso, mas dava para ter focado apenas nos homens da trama que não iria atrapalhar a ideia do público, e o mais bacana é ver o sentimento de culpa do protagonista de estar destruindo algo, e ao mesmo tempo vemos que o amante poderia ter apoiado ele no ato mais tenso, mas essa quebra é o ponto de fuga do diretor também, senão não teríamos um conflito por completo. Ou seja, além de mostrar o problema dos relacionamentos abertos, o diretor e roteirista deixou bem claro qual a opinião dele, que na hora que aperta um dos lados não costuma apoiar, e isso causa a quebra também da confiança de personalidade, e isso ficou muito bacana de ver, não sendo um filme pesado, mas que também não é levinho, e isso é algo interessante de se analisar, pois não consigo enxergar a trama como algo mais intenso, o que é bom por um lado.
Sobre as atuações, Alexander Lincoln até teve boas desenvolturas com seu Mark, trabalhou bastante olhares, mas talvez não teve o carisma necessário para que o público se conectasse a ele, de tal forma que alguns momentos seus o vemos como apenas alguém ali, disposta a não ser visto pelos demais, e em outros ele quer a visibilidade, e isso acabou meio que forçado, o que não seria ruim, se essa fosse uma performance menos romantizada dele. Já Alexander King fez sua estreia com um papel meio canastrão, meio que de macho-alfa, que até funcionou pelo estilo do ator, de tal maneira que seu Warren acaba tendo muita personalidade e chamando muito do filme para si, o que acaba sendo intenso e também marcante. A trama meio que se fecha nos dois, mas tivemos bons atos com Pearse Egan com seu Pinky bem solto e cheio de boas sacadas, tivemos um Henry bem bêbado e com altas vontades de ser algo a mais do que um amigo para o protagonista que William Hearle fez muito bem, e claro tivemos Mary Lincoln bem encaixada como a mãe do protagonista, mas quem teve um destaque meio que fora da base comum pelos olhares e imposições foi Carl Loughlin com seu Garret pronto para causar no meio todo.
Visualmente a trama mostrou alguns jogos de rúgbi bem cheios de lama no meio da chuva, com uniformes encardidos, muitas conversas em banheiros e bebedeiras em bares e boates, tivemos claro muitas cenas quentes no apartamento riquíssimo do namorado do protagonista, com uma vista incrível da cidade, mas sem dúvida as cenas mais bonitas foram feitas nas montanhas com muita neve, jantares, esquis, festas natalinas e muito envolvimento com iluminações bem colocadas que deram um tom marcante para toda a essência romântica ficar ainda mais bem trabalhada com bons vinhos.
Enfim, é um filme que tem estilo, que tem seu público mais fechado, mas que funciona bem para qualquer pessoa que queira ver a desenvoltura e problemas possíveis de relacionamentos abertos com pessoas do mesmo grupo social, pois a qualquer momento pode mudar para um romance e aí as coisas ficam mais complicadas. E é isso pessoal, recomendo o filme dessa forma, que é gostoso de ver, não sendo nem dramático demais, nem romântico demais também, sendo algo no meio termo que quem curtir sem ligar para a temática homossexual vai gostar do resultado. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...