O diretor Rob Savage acabou ficando muito conhecido com seu longa gravado durante a pandemia por video-chamadas aonde pessoas invocavam um espírito de suas casas e coisas assustadoras acabaram acontecendo, e agora com um filme de estúdio realmente em suas mãos conseguiu chamar muita atenção por criar um ambiente escuro mas aonde conseguíssemos ver tudo o que precisava ser visto, trabalhou bem a tensão dos personagens para causar o mesmo no público, e principalmente soube ser coerente com a ideia para que o monstro não fosse algo vago na trama, criando toda a essência em si. Ou seja, ele se mostrou bem disposto no desenvolvimento dos personagens, e tirando os personagens secundários meio que forçados (as garotas da escola abusaram demais de estilo), o resultado geral funciona bastante e chama muita atenção, mostrando que o diretor tem potencial para ir longe no estilo e assustar muito futuramente se não perder a mão (e olha que estamos falando de um filme em um estúdio que limita bastante!).
Quanto das atuações, diria que a jovem Sophie Thatcher soube ter muita presença cênica com sua Sadie, de modo que vemos uma jovem que ao mesmo tempo que está passando por um luto aonde tinha muita conexão com a mãe, não teve como se despedir dela, ainda tem um pai psicólogo que evita trabalhar os problemas psicológicos das garotas com elas, e para piorar ainda tem umas amigas meio que não tão amistosas, ou seja, a jovem teve um agrupamento de problemas que viraram um prato cheio para o monstro, e seus olhares e trejeitos foram bem imponentes nas cenas mais intensas, o que agradou bastante. Vivien Lyra Blair também fez alguns olhares de medo bem encaixados com sua Sawyer, trabalhou seus medos do estilo bem infantil e foi intensa quando precisou, chamando a atenção para si e não desapontando, o que acabou lhe dando bons trejeitos e estilos nos diferentes atos. Chris Messina é daqueles atores que encaixam bem em dramas e longas mais de ação, pois aqui seu Will precisava ser alguém com ares mais depressivos, e talvez com crenças mais jogadas, e o ator fez algo meio que sério e de fuga, o que não entrega as desenvolturas necessárias, mas ainda assim consegue ser bem colocado em cena. Quanto aos demais, a maioria não foi muito bem em cena, fazendo atos meio que estranhos e sem muita atitude, valendo destacar apenas Marin Ireland com sua Rita Billings pelo lado explosivo meio que malucona, e claro David Dastmalchian que entregou um Lester Billings desesperado e completamente sem noções da realidade, de forma que acredito que foi quem mais pegou na dublagem, pois faltou dar um ar mais de medo para sua voz, já as demais encaixaram bem nos devidos atos.
Visualmente, costumo dizer que se ouvir qualquer barulho quando vou dormir, continuo de olho fechado, e espero o dia clarear, pois não vou olhar nada que não sou besta, mas aqui estamos falando de filmes de terror, então trabalharam bem o quarto da mais jovem com suas diversas luzes, inclusive dormindo abraçada com uma lua (haja luz!) e a sacada dela usar os piscas na cena final foi bem trabalhada, uma casa meio que escura demais, muitos objetos espalhados para representar a mãe que morreu, e claro tivemos a casa do maluco completamente tomada pela energia do mal, cheia de velas e com a mulher pronta para caçar o bichão, além de um porão bem cheio de coisas para usar de armas, ou seja, as cenas da escola davam para até terem sido eliminadas que não fariam falta.
Enfim, é um filme bem denso de estilo, que trabalha várias cenas de sustos, mas também que causa muita tensão, e assim quem gosta do formato sairá bem feliz com o resultado completo, então fica a dica para ver nos cinemas ou logo mais assim que chegar na Star+. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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