Diria que o diretor Roshan Sethi até trabalhou bem o roteiro de Jamie King e Utkarsh Ambudkar, mas como a base já era bem infantil não quis ir muito além de tudo, ou seja, a ideia em si do filme já era propícia para brincar com as crianças, sendo vendida dessa forma, e assim o resultado é algo para vislumbrar sonhos e desenvolturas dentro da escola, de tal maneira que já vimos isso em outros longas, mas sempre recaiam para o lado dos romances, enquanto aqui brincaram mais com Matemática e Rap, o que de certa forma mostrou ser um bom trabalho no conceito infantil de tramas, mas se quisesse dava para brincar um pouco mais com tudo e quem sabe entregar algo mais imponente, o que não foi o caso.
Sobre as atuações, gostei de ver a desenvoltura do jovem Manny Magnus que botou a voz para jogo e cantou realmente todas as canções do filme (claro que em estúdio, dublando na interpretação) e sendo um jovem simpático com seu Prem, de forma que chegamos ater um carisma interessante para com seu personagem e isso é legal quando acontece, pois mostra personalidade e chama para si as cenas, cativando os demais a se conectar com ele. O roteirista Utkash Ambudkar também entregou bons atos como o pai morto do garoto, fazendo um tipo de fantasma que se liga com o jovem, fazendo boas interpretações e danças junto com ele, e dando boas dicas e virtudes na montagem geral da trama, o que acabou funcionando bem. A mãe vivida por Punam Patel até teve alguns atos mais chamativos, mas sem grandes destaques, de modo que até teve alguns momentos emotivos junto do filho lembrando como era o pai dele, inventando um pouco a história real, e isso ficou ao menos engraçado, porém dava para ir mais além. Quanto das demais crianças da trama e também dos professores, a maioria acabou exagerando demais nos trejeitos, parecendo artificiais demais, sobrando poucos destaques para Kayla Njeri com sua Mercedes e Dorian Giordano com seu Gabe por apoiarem bem o jovem protagonista, e Piper Wallace por ser diferente de tudo com sua Claire.
Visualmente a trama tem alguns atos bem trabalhados de dança, alguns efeitos de resolução de contas bem colocados na tela, mostra algumas aulas espalhadas, alguns atos de recreação, vários atos de bullying, e também um show de talentos, de forma que não vemos muita exploração dos ambientes em si, mas sim a imaginação do garoto em shows, trocando de roupas e de rimas bem colocadas na tela, mostrando bem pouco de uma competição de Matemática, e assim sendo um trabalho até que fácil para a equipe de arte.
Enfim, é um filme bonitinho, mas que não tem nada que fique gravado na nossa mente, de forma que não surpreende, nem entrega situações que façam algo a mais, e isso é ruim dentro desse estilo, sendo daqueles musicais bobinhos que parecem ter sido comprados para ser assim, e o resultado é um passatempo rápido e sem grandes desenvolturas que não dá para recomendar. E é isso pessoal, infelizmente o domingo foi bem diferente do sábado aonde tive dois bons filmes, hoje foram dois bem medianos e esquecíveis, então fico por aqui hoje e quem sabe amanhã acerto melhor no play, então abraços e até logo mais.
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