Nunca assisti nenhum filme do diretor e roteirista James Bird, mas passeando pelo seu currículo vi que ama ficção científica futurista e trabalha desde 2013 com ideias desse estilo, e aqui sua base até tem uma pegada interessante, trabalhou bem a artificialidade das robôs num primeiro momento, vemos seu aprendizado, e claro suas configurações para dar prazer aos seus proprietários/maridos, e vemos bem a ideia de uma revolução nesse sentido de criar pessoas artificiais de todos os estilos para o "bem" da população, e se seguisse essa base seria algo incrível e bem interessante, porém o diretor tinha planos mais ambiciosos, e seguiu para um caminho meio maluco quase que do estilo de "Divergente" ou quem sabe um "Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas", aonde vemos toda a sacada na reviravolta final da trama que se desenvolve para algo maior a ser seguido, mas que bagunça bem toda a ideologia da trama, e mostra os problemas do protagonista, que muda todo o jogo. Ou seja, não posso dizer que seja um filme ruim, só diria que é meio que mal estruturado, e estranho de propostas, pois dava para seguir até mais do que um caminho com o que estava vindo, só não a abertura de uma franquia, pois não temos uma base boa para isso no filme, e certamente não vai ir muito além se vier uma continuação.
Sobre as atuações, diria que Elena Kampouris entregou uma Meredith tão artificial que por vezes pensamos ser computação gráfica atuando ali ao invés de uma mulher realmente, e isso se deve tanto à maquiagem interessante que deram para ela, sendo até mais perfeita do que o comum na pele e nos trejeitos, mas também dela com o que acabou entregando, de modo que acaba chamando muita atenção e acerta bem no longa inteiro, e quem sabe se tiver uma continuação irá mudar um pouco mais sua personalidade para um lado mais imponente ainda. Já Jonathan Rhys Meyers fez um agente William bem imponente, cheio de atitude nas buscas pelas esposas sequestradas, um marido amoroso e encantador dentro de casa, mas com uma reviravolta mostrando sua verdadeira face de um modo tão marcante que acaba soando assustador o quanto sabe fazer esse estilo de trejeitos, ou seja, tem potencial para fazer psicopatas, e seu agente deve investir em tudo que ver desse estilo, e claro ficar com medo dele. Ainda tivemos alguns atos bem interessantes de Sean Yves Lessard como Ido ou Ois como foi traduzido, ou agente dos sonhos da robô, de tal modo que o papel é interessante e deveríamos ter algo desse estilo que pudesse escolher os sonhos que queremos ter, e ele meio como um apresentador ficou bem legal de ver. Também tivemos muita imposição no papel de Doron Bell com seu Jack, alguns atos bem colocados de Agam Darshi com sua Louise, e alguns momentos bem trabalhados de Fletcher Donovan com seu Keene, mas nada que fosse muito além.
Visualmente a trama teve uma boa pegada futurista, mostrando um ambiente bem interessante no hall da empresa de fabricação das robôs, vemos a casa do protagonista bem moderna, mas focando em algo bem clean que não tivesse tantos elementos cênicos, brincando mais com claro a mulher com sua perfeição toda e seus apetrechos para recarregar, um diário, e claro os sonhos bem malucos aonde tudo faz nenhum ou todo sentido, valendo a ideia total em si.
Enfim, é um filme que dava para ir mais além, talvez cortar algumas situações e já virar algo único ao invés de uma franquia como o diretor talvez pretenda seguir, pois ficamos com aquele gostinho de quero mais no final, mas isso depois de se cansar com tudo o que entregam no miolo meio que estranho demais, e sendo assim diria que indico ele com mais ressalvas do que com qualidades. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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