Esse é o primeiro filme sem Steven Spielberg na direção, mas seguindo como produtor executivo junto de George Lucas, aprovaram o filme que o diretor e roteirista James Mangold ("Logan", "Wolverine Imortal", "Os Indomáveis") entregou, pois ele não quis reinventar a roda como costumamos dizer, pegando as ideias boas da trama e mantendo a sacada em cima de algo bem colocado, começando a trama com algo ocorrido após o terceiro filme (será que não gostaram mesmo do longa de 2008?), indo para 1944, com a fuga dos nazistas com muitas peças culturais em um trem, e logo depois já vamos para 1969 aonde toda a trama se desenvolve bem em busca de uma peça que pode mudar tudo no mundo, ou seja, deram uma repaginada no estilo, mas mantendo sempre tudo como acontece, corridas, roubos, fugas, e tudo mais, de tal forma que o diretor nem quis brincar muito com tudo, apenas deu os devidos tempos para que tudo ficasse bem redondinho, e entregou com estilo, resultando em algo que não diria fechar a saga realmente, mas também não deixando aberto como o longa de 2008 deixou para uma continuação. A única coisa que realmente sabemos é que com 81 anos já deu para o Indiana tradicional, então é melhor fechar por cima, do que desandar depois, e de certa forma o diretor soube fechar de uma forma bonita tudo na tela.
Sobre as atuações, é fato que Harrison Ford está bem velho e usou bastante dublês nas cenas com mais ação, principalmente no começo aonde deram uma rejuvenescida no seu rosto para seguir a linha jovem de seu Indiana Jones, mas quanto aos seus trejeitos e entonações conseguiu entregar tudo com muita desenvoltura pela quinta vez no papel, brincou com boas sacadas e não se entregou fácil, de forma que convence bem ainda no estilão do personagem. Pelo trailer diria que fiquei com medo de Phoebe Waller-Bridge ser a protagonista da trama com sua Helena, mas a jovem ficou bem encaixada como coadjuvante na trama, teve atos bem desenvolvidos, e boas desenvolturas, servindo bem de apoio para o protagonista, mas sem tirar seu brilho, e conectando tudo para que os atos funcionassem sem ela querer ser uma exploradora realmente, mas tendo esse sangue vindo de seu pai. O jovem Ethann Isidore teve boas sacadas com seu Teddy, mas sendo ainda mais conectado com Helena do que com Indiana, de tal modo que ele entrega atos bem rápidos e de boas sacadas como um bom ladrão nesse meio, mas talvez uma pitada a mais de humor chamaria mais atenção para ele. Mads Mikkelsen já virou nosso malvado favorito faz algum tempo, pois tem pego tantos personagens com essas características que seu Jürgen Voller foi até light de maldades, e como todo bom nazista, queremos ver morto e enterrado, e não dando certo, então sua insistência em conseguir o artefato, e claro seu motivo de uso com ele, é marcante, e fez trejeitos bem imponentes para isso, mas deixando a sujeira maior para os capangas. Quanto aos demais, a maioria dos capangas do vilão distribui socos e tiros com trejeitos sempre bem fechados, mas sem grandes destaques, e claro sem dúvida vale a menção honrosa para Toby Jones com seu Basil nas cenas iniciais bem trabalhado e cheio de emoções, John Rhys-Davies repetindo seu papel do primeiro filme, Salah, e até Antonio Banderas deu uma boa desenvoltura para as poucas cenas de seu Renaldo, mas nada que fosse muito surpreendente.
Visualmente a trama teve bons atos representando a fuga dos nazistas em um trem, com cenas de ação bem marcadas em cima com muito movimento, e dentro claro vários tesouros e muitos soldados, tudo bem representado, depois vemos o apartamento do protagonista mostrando suas tristezas com a separação da esposa, vemos a última aula dele como professor, uma breve homenagem de aposentadoria e novamente começa toda a ação com a protagonista correndo pelo telhado e nosso herói dando seu jeitinho de fugir da cena do crime também, tudo muito cheio de detalhes e desenvolturas, aí vamos para Tânger no Marrocos, com cenas de perseguições em carros antigos e um tuktuk ninja com tanta desenvoltura e velocidade, de modo a fazer inveja na produção de "Velozes e Furiosos", vamos para cenas no mar, com uma boa representação de mergulhos da época com mangueiras longas, e finalmente chegamos na Sicília em busca do artefato, para aí na junção termos mais boas cenas em um avião e a ida para uma época do passado bem interessante pela guerra representada, ou seja, um trabalho primoroso da equipe de arte, com muito requinte e boas representações cênicas tanto de elementos quanto de ambientes, que acaba chamando muita atenção do começo ao fim, como sempre a franquia entregou.
No conceito musical gosto do estilo de John Williams, e a trilha clássica que pode tocar aonde for que vamos remeter à Indiana Jones, e nem preciso colocar aqui algum link, pois é impossível quem não a conheça, porém a música repete o filme inteiro em várias velocidades e desenvolturas, e isso cansa um pouco, mas é uma marca do filme, então o jeito é entrar no clima.
Enfim, nunca fui um fã monstruoso da franquia, mas reconheço a qualidade da trama feita aqui, que felizmente é bem melhor do que a de 2008, então assim podemos considerar como um fechamento de ciclo, pois certamente daqui alguns anos devem colocar um novo ator e ver no que dá, mas com certeza não será a garota como muitos imaginavam. Assim sendo recomendo para todos ver a desenvoltura de Ford, se divertir com as boas cenas de ação e entrar no clima da franquia, e claro que muitos irão reclamar de tudo, mas diria que tem bem mais acertos na tela do que erros, e isso é o que ocorre com boas franquias de ação/aventura. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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