Como todos os diretores e roteiristas são os atores da trama também, a qual foi toda filmada usando Iphones, posso dizer que criaram bem todo o envolvimento da trama em algo mais centrado, de tal maneira que a história maior fica focada nos sentimentos de Gabriela Boeri para com sua avó, vemos algo a mais em cima da remissão do câncer de Fanny Ledoux-Boldini e na empolgação de Simon Boulier para fazer um pouco de tudo, enquanto Kevin Vanstaen quer mais terminar a edição de seu curta-metragem filmado poucos dias antes da viagem, e esse desenrolar que eles entregam passa a sensação que o público também está ali acompanhando eles nesses dias de praia, o que é interessante por um lado mais realista, mas sem muito o que falar como ficção realmente, o que pode afastar um pouco um público mais comercial.
O conteúdo visual é bonito com uma casa de praia, algumas cenas em festas, bares e até uma apresentação de carros, além de uma clínica de exames, e a escolha do filtro em preto e branco deu um ar clássico para a trama (embora desnecessário para a linguagem que queriam passar - tendo apenas o adendo da mudança de cor, meio como uma mudança de humor/felicidade com o resultado), e assim diria que as escolhas do quarteto foram bem trabalhadas, tendo um resultado interessante de ver.
Enfim, é um filme rápido, bem trabalhado e que tem uma síntese que funciona dentro da proposta, mas que dava para terem trabalhado algo ficcional mais intenso, algo mais cheio de nuances, e até mesmo mais criativo, que aí sim poderíamos classificar ele como uma ficção realmente, pois acabou sendo algo mais cotidiano que não vai chamar tanta atenção de um público maior. E é isso pessoal, não diria que recomendo o longa para muitos, pois já frisei que faltou ficção para chamar atenção, mas em casa quem sabe até vale um play. Eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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