O mais engraçado é que o diretor Adrian Grunberg fez bons filmes de ação nos últimos anos, então aqui ele poderia ter caprichado mais nas cenas intensas que o resultado impressionaria mais do que ficar tentando trabalhar ideologias e lendas, pois claro que todo o desespero nos atos com a família soaram interessantes e bem desenvolvidos, mas acabou juntando tanta coisa que o resultado geral se perde, e como disse no começo, o principal elemento que é o tubarão gigante acaba apagado. Ou seja, é um filme que faltou o diretor pegar mais a linha e entregar algo de impacto realmente que fosse além de um longa politizado sobre leis ambientais e assinaturas por baixo dos panos, que aí pegaria mais um rumo próprio e funcionaria bem mais, pois mesmo com toda essa bagunça, não é algo ruim de assistir, só não é algo que prometo lembrar amanhã.
Sobre as atuações posso dizer que facilmente Josh Lucas foi explosivo no nível máximo com seu Paul, de forma que em alguns atos até chega a se alterar tanto que algumas veias do seu pescoço parecem que vão estourar, o que não era tão necessário, pois como uma pessoa de elite de um escritório daria para fazer algo menos de peão realmente, mas tem bons atos e consegue chamar atenção ao menos. Da mesma forma, Julio Cesar Cedillo também foi bem intenso com seu Chato, tendo personalidade e imposição, mas também sendo daqueles personagens que entregam algo tão diferente da origem que parecem não ter sido desenvolvidos corretamente no roteiro, o que pesa um pouco. Fernanda Urrejola até tentou ser imponente com sua Ines, fazendo alguns atos mais explosivos e outros mais relevantes, mas da mesma forma que Cedillo, teve atos muito diferentes de personalidade, o que demonstra falha de estilo para algo maior. Os jovens Venus Ariel e Carlos Solórzano até tiveram alguns atos para chamar atenção, mas ficaram bem em segundo plano, com Carlos se impondo um pouco mais dentro da ideia mística da trama, mas nada que chamasse muita atenção. Já os demais personagens aparecem tão pouco que só Jorge A. Jimenez vale algum destaque por ser comido pela metade pelo tubarão, mas só.
Visualmente a trama até tem uma pegada interessante, com uma plataforma petrolífera praticamente destruída, com ambientes abandonados, tudo caindo aos pedaços, algumas comidas vencidas, roupas jogadas, um mar repleto de pedaços de corpos e muito petróleo espalhado, uma vila também praticamente abandonada com pessoas meio que quase no estilo faroeste, e um tubarão gigante que aparece umas três vezes, ou seja, nem dá para vermos os erros computacionais dele, ou seja, a equipe trabalhou muito com vários símbolos de deuses, deu nuances em cima disso com pichações, bonequinhos, estátuas e tudo mais, e esqueceu que o filme era em cima do tubarão.
Enfim, é um filme que até tinha um certo potencial, mas que desandou muito com a forma que foi entregue, e acaba não chamando nem atenção pelas desenvolturas, nem por nada, que como já disse amanhã nem lembrarei direito de ter visto ele, então não tenho como recomendar, mas quem for corajoso até vai falar que o passatempo vale a pena, o que não ocorre com muita firmeza. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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