Diria que o diretor Daniel Graham trabalhou muito bem toda a intensidade da trama escrita pelo protagonista do filme Matt Hookings, de modo que o filme acaba bem representativo visualmente pelos ambientes dos anos 1800, mostra como o boxe que hoje é um grande e expressivo esporte era tratado apenas como jovens moribundos se socando quase como rinhas de galos, e mais do que isso mostra todo o sofrimento e treinamento para se alçar grandes superações, de tal forma que soube conduzir bem tanto as cenas de luta quanto as de festanças e as dinâmicas entrepostas durante toda a exibição, só faltou mesmo um pouco mais de ritmo para que o filme superasse também as dificuldades e fosse mais além, porém ainda assim é um filmão de época que merece ser conferido para conhecer mais do personagem, e assim quem sabe não ser apenas uma grandiosa luta esquecida do boxe, mas sim algo que foi violentíssimo, e chamativo na vida de todos.
Sobre as atuações, diria que Matt Hookings entregou muita personalidade para seu Jem, soube trabalhar o galanteio do jovem durante o período entre as lutas, e desempenhou bem movimentos do boxe, olhares, e claro todo o treinamento, sendo imponente e estiloso, além de chamar para si muita responsabilidade de vários atos, o que acaba dando mais força ainda para ele, ou seja, foi bem no que era preciso e agradou. Agora sem dúvida alguma quem chamou muita atenção foi Ray Winstone com seu Bill Waar, trazendo todo o ar inspirador que grandes treinadores passam para seus atletas, dando lições, botando banca e com trejeitos fortes sendo intenso no que tinha de fazer, o que acabou agradando até mais do que o protagonista. Ainda tivemos atos bem marcantes de Marton Csokas com seu Lorde Rushworth, mostrando toda a desenvoltura dos ricos da época, fazendo festas e apostas de tudo quanto é forma, e claro levando o jovem para o mal caminho, e o ator criou todo esse envolvimento em cima de quase um vilão, o que acabou chamando atenção. Quanto aos demais, vale claro destacar Jodhi May como a mãe do protagonista, com um semblante bem deprimido por ver o filho indo para o mesmo caminho do avô, mas sendo bem centrada nos conselhos e rezas, e também tenho de pontuar Russell Crowe como o avô do garoto, um pugilista de renome que caiu para o lado das bebidas, e o ator soube trabalhar bem essa personalidade.
Visualmente a trama é bem forte, com cores bem puxadas para o marrom e o vermelho, dando bem as nuances do sangue que os protagonistas perdem durante as lutas, representando bem todo a Inglaterra do final dos anos 1700 e começo dos 1800, tendo bons figurinos e elementos cênicos para representar desde o lado mais pobre que o jovem vivenciou não tendo quase nada para comer, até o luxo das festas da burguesia comendo lagostas e tomando champanhe sem parar, isso claro sem ofuscar todos os ringues abertos, as pessoas gritando nas torcidas e apostas, e o treinamento no campo bem imponente com barro e tudo mais, ou seja, algo que conseguiu chamar bem a atenção do começo ao fim.
Enfim, a trama tinha potencial para ir mais além e ser daqueles filmes que certamente veríamos concorrendo à diversas premiações, mas faltou mais atitude no miolo para ser algo realmente motivador e chamativo, e com isso acabou sendo somente um ótimo filme para ver e se envolver, que facilmente ainda irei dar uma ótima nota, pois tem todo o estilo, mas confesso que ao ver ele num primeiro momento esperava ser daqueles que estaria eufórico no final. Sendo assim recomendo ele para todos que gostam de filmes de lutas e também para aqueles que gostam de algo histórico e biográfico, e recomendo que assistam sem esperar algo a mais, que aí tenho a certeza de que vão gostar até mais do que eu. E é isso pessoal, fico por aqui agora, mas vou ainda conferir uma pré-estreia grandiosa hoje, e volto depois para falar dela, então abraços e até logo mais.
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