Diria que a diretora e roteirista Magdalena Lauritsch até teve uma ideia interessante de ser desenvolvida de uma militar que vai para uma estação espacial como espiã para resolver algo e quando tudo muda de perspectiva muda também suas ideias, porém faltou emoção nos personagens, faltou desespero, e não faltou ar, sendo esse último fator para nós o público é o essencial, pois quando um filme funciona bem ele deixa o público ofegante e não com sono, que é o que acaba ocorrendo aqui, de tal forma que infelizmente não vai muito além de conflitos morais e de aceitar ou não o fim. Ou seja, faltou pulso para diretora estreante chegar e causar na sua produção, fazendo algo que fosse realmente marcante, e assim o longa desandou um pouco.
Sobre as atuações, basicamente os protagonistas não foram muito além em suas cenas também, de modo que Julia Franz Richter entregou uma Hannah determinada, porém hesitante, que criou alguns vértices que poderiam fluir bem, desencadear algumas brigas mais intensas, e logo após a cena inicial se desconecta muito facilmente de seus objetivos, faltando expressividade e dinâmicas que chamasse a responsabilidade para si, afinal ela é a protagonista da trama, e assim ficou murcha demais. Mark Ivanir até deu algumas dinâmicas bem colocadas para seu Dimitri Krylow, mas expressou pouquíssima emoção logo que acontece a tragédia, e fez alguns atos com calma demais para alguém que tenta sabotar a missão, de modo que ficou naquele meio do caminho de ser bom ou mal, e isso já falei várias vezes não é legal. E por fim tivemos George Blagden com seu Gavin confuso nas atitudes, sendo expressivo nas tentativas de acabar com tudo, mas meio jogado na trama com sua história, de modo que poderia ter rendido mais. Quanto aos demais, fizeram figuração de 10 minutos, receberam seus cachês e saíram felizes de não ter de ficar numa bomba por mais tempo.
Visualmente a trama foi bem montada em várias salas, mostrando a estação por dentro com vários atos num hall de descontração, alguns atos na cabine aonde fazem a comunicação com a Terra, e claro no laboratório de algas, sendo tudo bem puxado para tons esverdeados devido ao oxigênio ser proveniente delas que se espalham por todos os ambientes na sua cultivação, e o resultado até acaba sendo interessante e bem cheio de detalhes, passando realmente como algo trabalhado pela equipe, mas como só usaram o básico de tudo, o resultado acaba não indo muito além.
Enfim, é um filme fraco que poderia ter ido muito mais além, discutido mais coisas e criado mais dramas entre os personagens, aliás deveriam ter mantido todos na estação para que a briga fosse mais intensa e marcante, mas como não foi isso o que ocorreu, diria que nem dá para recomendar muito ele, nem como um passatempo. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas vou tentar achar alguma coisa boa para fechar bem o Domingo, então abraços e até logo mais.
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