O longa original só funcionou mesmo em 2003 pelas sacadas de Eddie Murphy, de tal forma que o diretor Justin Simien (da série "Cara Gente Branca") usou uma base simples criada pela roteirista Katie Dipold ("Caça-Fantasmas"), e fantasiou bem os atos com os personagens tentando entender como acabar com a maldição toda, isso claro tendo algumas desenvolturas que não chegam a ser boas, mas que também não são ruins, e até agradam pelo estilo, pois talvez se ficasse cômico acabaria desgastando demais todo o resultado visual. Ou seja, é daquelas tramas que chegam com uma proposta e até entregam ela na tela, mas que fica parecendo faltar um pouco de tudo para ir mais além, inclusive faltando uma direção mais imponente para chamar atenção mesmo.
Quanto das atuações, Rosario Dawson fez alguns bons trejeitos para que sua Gabbie parecesse preocupada com o que estava rolando na casa, mas não chama tanto para si a responsabilidade, ficando muito em segundo plano durante quase todo o filme e isso pesa um pouco, ou seja, precisava ir mais para frente para aparecer realmente. O garotinho Chase Dillon também não foi muito além com seu Travis, mas apareceu mais do que a mãe, se enfiando no meio das catacumbas, se arriscando com o vilão, e assim chamou um pouco da atenção para si. LaKeith Stanfield trouxe até uma certa personalidade para o seu Ben, tendo alguns sentimentos passados e intenções bem colocadas para seus atos, mas ficou no meio do caminho entre um herói e alguém que precisava ser salvo, o que acabou ficando um pouco estranho. Owen Wilson tentou fazer alguns atos cômicos com seu Padre Kent, mas demorou demais para se mostrar como um trambiqueiro, que aí sim as desenvolturas acabariam sendo mais trabalhadas com seu personagem, mas foi a opção do roteiro, e assim ele não pode ir muito além. Tiffany Haddish já ao contrário de Owen, já fez sua vidente Harriet com sacadas mais engraçadas e até bobas de se ver, de forma que acaba divertindo dentro da proposta de magias sem ser muito marcante, mas ao menos entregou o que precisava. E da mesma forma Danny DeVito acabou forçando um pouco a barra para que seu historiador Bruce Davis tivesse uma participação maior na trama. Ainda tivemos Jamie Lee Curtis com sua Madame Leota dentro de uma bola de cristal agradando como sempre e Jared Leto como o fantasma vilão, mas que poderiam ter trabalhado um pouco mais sua história para fluir melhor e ter alguma base sem ser corrida na tela com algumas imagens.
Visualmente conseguiram uma mansão bem cheia de detalhes, trabalharam bem o visual dos fantasmas que com alguns efeitos azuis acabam brilhando bem, tiveram atos em locações que mesmo escuras como o porão e as catacumbas tiveram detalhes presentes, tendo claro a sala dos espíritos um cuidado maior para chamar atenção, e claro quando o protagonista vai para o outro lado tivemos boas sacadas cênicas com ambientes mudando e tudo mais, que pareceram até ser efeitos práticos, mas vindo da Disney sei que foi computação
Enfim, é um filme que dava para melhorar em muitos sentidos, e que com bem pouco resultaria em algo incrível de ver, afinal é uma das grandes atrações do parque da Disney há anos, e ainda não acertaram a mão para ter um filme que honrasse tudo. Acredito que até tinham em mente uma continuação para mostrar mais dos personagens, mas acho bem difícil rolar, pois como disse o que acabou acontecendo aqui é apenas um mero passatempo para quem estiver sem o que ver nos cinemas. E é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas vou para mais uma sessão ainda hoje, então abraços e até logo mais.
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