O diretor Ric Roman Waugh gosta de trabalhar com Butler, tendo o usado ele sempre com estilo para boas tramas, mas aqui o primeiro trabalho do roteirista Mitchell LaFortune ficou sendo algo meio datado, afinal a guerra do Afeganistão já não é mais algo tão marcante, e embora o filme tenha algumas conexões bem encaixadas com as dinâmicas da trama, ficou parecendo realmente que é só correria e nada mais, ou seja, faltou desenvolver melhor os personagens, usar mais informações e até talvez brincar mais com cada tribo/país que passa a perseguir o protagonista, pois soou bem artificial tudo, e não era bem isso o esperado. Ou seja, não é um filme ruim, pois entrega o que vamos esperando ver, e que já havia sido mostrado no trailer, porém um desenvolvimento melhor de personagem e uma história um pouco mais convincente faria o filme decolar melhor.
Sobre as atuações, como disse no começo do texto, Gerard Butler já tem sua marca própria de estilo de filmes, e seu Tom Harris parece ter saído de qualquer outro filme dele direto para fazer a operação do longa, aliás, como esteve presente em "Invasão ao Serviço Secreto" que é do mesmo diretor, poderíamos até dizer que aqui é um epílogo da trama aonde o cara resolveu ir para o Afeganistão investigar algo, e precisou sair correndo, ou seja, nem trabalhou personalidades nem nada, o que é ruim de acontecer. Navid Negahban entregou um Mo bem colocado, trabalhando trejeitos de medo e revolta de forma interessante, mas sem dúvida a sua melhor cena foi com o líder de um grupo que de cara antes mesmo de falar já pegamos que foi teve alguma influência na vida do personagem, e o ator conseguiu demonstrar bem só com olhares, e depois o clima esquenta, ou seja, foi bem usado ao menos. Bahador Folad teve algumas boas cenas de preparação para capturar o protagonista, fez algumas caras e bocas bem encaixadas, mas dava para usar melhor seu personagem, aliás a cena dele com a jornalista quase que fica fora de tudo. Ali Fazal fez alguns atos bem interessantes com seu Kahil, sendo imponente na caçada com sua moto, fazendo trejeitos bem vilanescos e chamando atenção do começo ao fim, o que acaba agradando bastante. E para finalizar tivemos Travis Fimmel com seu Roman, que num primeiro momento parecia ser apenas um contratante que iria ficar isolado, mas depois entra na corrida e faz alguns atos bem colocados, o que acaba chamando atenção, mas nada que fique marcado em sua carreira.
Visualmente o longa trabalhou quase que um rali no deserto, com várias caminhonetes e SUVs andando pelas estradas, helicópteros, motos, e claro armas de todos os calibres possíveis que erram demais o protagonista, além de imagens de drones táticos, um local de operações à distância, toda a desenvoltura para explodir uma usina nuclear no começo do filme, tudo isso bem encaixado dentro de um deserto, com algumas montanhas aonde os protagonistas se escondem, algumas perseguições dentro de uma cidade, mas sem grandes atos marcantes, o que dava para chamar mais atenção também. Aliás o filme todo foi filmado na Arábia, ou seja, ao menos não inventaram tudo em algum estúdio tradicional.
Enfim, é um filme que não vai trazer nada memorável na sala, não vai deixar você desesperado com a tensão entregue, mas que serve como um bom passatempo do estilo que o ator e o diretor sempre fazem, sendo daqueles que vez ou outra podemos parar para conferir se estiver passando na TV, enquanto esperamos algo melhor, então fica assim sendo a dica para como escolher ele. E é isso pessoal, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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