Diria que o diretor Christopher McQuarrie foi muito sagaz em manter o estilo que já segue desde o quinto filme da franquia que está em suas mãos, ou seja, com o filme que está já preparado para o ano que vem, metade da franquia terá sido feita por ele, e isso diz muito, afinal criou uma formatação, e sempre vem seguindo uma ideia muito atual em suas produções, não desapontando ao utilizar de cenas de ação cada vez mais improváveis de se fazer realmente (embora sejam feitas pelo ator protagonista maluco), mas também mantendo uma coerência de ideias sem precisar forçar a barra com modismos, e assim seu longa flui, se desenvolve, empolga e traz tudo que os fãs da franquia gostam de ver. Ou seja, com uma boa base, muita criatividade e disposição para trazer cenas espalhadas mundo afora, com tensões pessoais bem travadas, boas lutas, explosões, tiros e tudo mais em cena, o resultado vai seguir até que o protagonista canse (o que acredito ser bem difícil), e se duvidar outros seguirão o legado, pois é um formato que não cansa o espectador. Outra grande faceta do diretor e roteirista já falei no começo e volto a pontuar, foi usar das diretrizes das inteligências artificiais, afinal isso vai ser bom para quem, até onde tudo vai funcionar, quais leis serão impostas, isso nas mãos de pessoas erradas o que vai ocorrer, entre outras perguntas que nos traz, e sem soar piegas, ele brinca com o público cena após cena, e assim dá seu show.
Sobre as atuações, mais uma vez Tom Cruise mostra que sabe entreter seus fiéis fãs, com seu Ethan Hunt lutando aos montes, se disfarçando em meio a multidões, e claro fazendo perseguições gigantescas mundo afora, com saltos e desenvolturas cada vez mais imponentes, desafiando o filme e se desafiando por cenas cada vez mais arriscadas, isso tudo sem perder o belo penteado e claro seus trejeitos marcantes, ou seja, sabe chamar para si a responsabilidade e retribui com muito sucesso no que faz. Hayley Atwell foi uma grande escolha para o papel de Grace, pois a jovem entregou muita personalidade e sagacidade para uma ladra de mão leve bem imponente, mas que trabalhando bons trejeitos nas dinâmicas aceleradas junto do protagonista acabou se tornando uma bela parceria, veremos o que vai rolar na continuação com ela, mas acertou muito bem em tudo. Rebecca Ferguson já vem entregando bons atos com sua Isla desde que o quinto filme, e como sua personagem é sempre muito misteriosa e cheia de sentidos, aqui ela ficou meio que fechada demais, mas deu seu recado e entregou boas lutas em cena, agradando com um estilo próprio bem colocado. Simon Pegg e Ving Rhames continuaram entregando seus Benji e Luther com boas sacadas, trazendo o humor para as cenas mais precisas e cheios de trejeitos e dinâmicas acabam colocando as quebras de ritmo do filme tão boas que até valeria um filme só deles, mas como não é o caso agradam sempre demais. Ainda tivemos grandes cenas bem marcantes de Esai Morales com seu Gabriel cheio de trejeitos secos bem encaixados, sendo misterioso ao mesmo tempo que imponente com o que faz em cena, Vanessa Kirby bem trabalhada nos atos finais com sua White Widow, e até mesmo Henry Czerny fez bons atos densos com seu Kittridge, mas sem dúvida o destaque dentre os secundários ficou para Pom Klementieff com sua Paris insana, lutando demais do começo ao fim, dirigindo um carro imenso malucamente, e ainda sendo bem importante nos atos principais, ou seja, saiu de uma personagem bobinha da Marvel para um papel que será bem lembrada para sempre.
Visualmente o longa é incrível também, contando com cenas no deserto, cenas num aeroporto gigantesco de Abu Dhabi tendo atos inclusive nos telhados, muita desenvoltura pelas ruas de Roma, pelos becos e docas de Veneza, uma festa eletrônica imponente, cenas em submarinos (aqui fiquei na dúvida de termos uma falha técnica que aprendemos com o caso do submarino desaparecido real, pois quando se explode algo os tripulantes subiram inteiros para a superfície no filme, e segundo explicado virariam pó lá embaixo!), e claro um trem em movimento pelos Alpes contando com explosões e a cena que foi tão gigantescamente filmada do salto de moto, aonde ficou bem bonita visualmente, mas falsa por ser uma pista tão reta sem nenhum solavanco da moto, mas isso é apenas reclamação técnica, além de cenas de tirar o fôlego dentro do trem caindo que deram uma sensação de vertigem perfeita na sala Imax, ou seja, Tom como produtor não deixou faltar um dólar que fosse para que tudo fosse perfeito visualmente, e a direção de arte trabalhou com carros gigantes e minúsculos, muitos tiros e tudo que fizesse a trama maior do que já é, e isso acaba agradando demais.
Enfim, é daqueles filmes que nem vemos passar o tempo com tanta desenvoltura na tela, com a música clássica tocando desenfreadamente do começo ao fim, e que acaba empolgando bastante, que como disse no começo não dava para cortar praticamente nada sem estragar o resultado, e assim sendo que venha mais quase três horas no ano que vem para concluirmos essa trama de quase seis horas frenéticas que certamente impactam quem for conferir, e que irão impactar ainda muitos futuramente, além claro de salvar os cinemas, pois vai estourar nas bilheterias. Então pegue sua pipoca e vá se divertir com muita ação, pois a missão impossível é não gostar do que é mostrado na telona. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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