Diria que o diretor e roteirista Potsy Ponciroli foi bem sucinto no que desejava passar em sua trama, pois o filme tem um recorte quase que de uma continuação, sem mostrar muito de onde começa, apenas com uma fuga e já indo direto para a casa dos protagonistas, mas que no desenrolar vão acontecendo as apresentações e os desenvolvimentos, e sem gastar tempo com firulas, o filme tem estilo e pegada, o que é muito bom de ver em filmes desse gênero. Ou seja, se ele seguir essa linha com outros westerns tem chance de chamar ainda muita atenção, pois a pegada sempre vai ser a mesma, e sem gracejos o público acaba fidelizando e as tramas encaixando perfeitamente, de tal forma que alguns podem dizer até que foi rápido demais o desfecho, mas como costumamos falar em filmes desse estilo, não tem que falar, é só meter bala e pronto.
Quanto das atuações, diria que Tim Blake Nelson encaixou perfeitamente na personalidade de Henry, fazendo um homem bem do campo mesmo, com trejeitos fechados, um semblante ríspido de poucos amigos, que tem uma relação conflituosa com o filho, mas que sabe passar bem essa mensagem, e nos atos que precisou usar sua arma mostrou muita segurança e imponência, sendo intenso e marcante. O jovem Gavin Lewis segurou bem a onda de seu Wyatt, não sendo muito expressivo, mas também estando disposto a tentar ir além, de tal forma que chama atenção sem explodir. Scott Haze trabalhou seu Curry com um ar interessante, mas passou mais tem deitado com dores e tomando tiros do que sendo expressivo realmente, de forma que seu fechamento foi algo meio que jogado e fora do eixo, ou seja, dava para terem trabalhado melhor ele. E claro Stephen Dorff entregou seu Ketchum tradicional como todo vilão de filmes de faroeste deve ser, cheio de intensões fortes na fala, com personalidade, e lutando até cair morto, o que funciona muito bem no estilo.
Visualmente a locação escolhida foi muito bem preparada, com um casebre no meio do nada, muita vegetação amarelada, tudo muito rústico quase que sem detalhes, tendo apenas alguns elementos no armário do protagonista para tentar mostrar quem ele era antigamente, e claro muitas armas e cavalos, tendo as tradicionais forcas e caças, tudo bem simples, mas funcionando para que o filme tivesse o ar do campo.
Enfim, não é um filme perfeito, mas é simples e direto, entregando tudo que o gênero necessita, e assim os amantes desse estilo sairão satisfeitos com a pegada trabalhada. Claro que dava para explorar muito mais tudo, mas nos 99 minutos de tela o resultado acontece, e isso é o que importa, valendo a recomendação. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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