Embora o diretor e roteirista Christopher Smith tenha muitos longas de terror no seu currículo, por incrível que pareça nunca tinha conferido nenhum aqui na nossa terrinha, ou seja, deve cair mais para os lados das locações virtuais, mas o que deu para perceber, ao menos por esse que conferi hoje, é que ele gosta de trabalhar mais suas histórias dentro de algo maior, não apenas para causar e dar sustos, e isso quando bem usado funciona para criar tensão e dar aqueles arrepios bons de sentir em algumas sessões. Porém, aqui ele precisou de muita história para desenvolver a protagonista, e quando tudo chega a uma conclusão decente, já é hora de finalizar o longa, e assim diria que ele poderia ter acelerado um pouco mais tudo para talvez usar mais da personalidade da protagonista em mais atos, pois aí sim a coisa iria ficar mais intensa, mas como não ocorreu, apenas falo que é um filme simples que mostra que mesmo não sendo baseado em fatos reais, muita coisa da época das Cruzadas ficou perdida mundo afora, e isso sim daria bons temas de terror.
Quanto das atuações, Jena Malone até que segurou bem as cenas de sua Grace, de modo que teve dinâmicas de todos os estilos possíveis, fez atos fortes e marcantes, mas também fez alguns atos meio que sem impacto, oscilando demais em cena, de tal forma que talvez como já disse faltou desenvolver mais rapidamente a trama para que a personagem em si explodisse, mas quem sabe saia uma continuação que funcione melhor. Danny Houston teve alguns atos explosivos com seu Padre Romero, criou alguns trejeitos bem colocados, mas não foi muito além, de forma que faltou explodir mais com a protagonista para criar algum tipo de rixa mais imponente. Tivemos ainda alguns atos bem trabalhados de trejeitos de Janet Suzman como a Madre Superior, algumas tentativas de susto com Eilidh Fisher com sua Meg aparecendo do nada, e até o jovem policial vivido por Thoren Ferguson tentou chamar alguma atenção em seus atos, mas tirando os dois protagonistas vale mais ver as crianças que sofreram à beça no miolo do que todo o restante da trama.
Visualmente o longa até é bem interessante, com um convento nos confins da Escócia, com muitos elementos destruídos de épocas passadas, símbolos das Cruzadas, livros imensos com escritas estranhas, muitas imagens de santos espalhados, e claro pouca iluminação para dar um tom mais escuro e usando velas para dar as quebras, ou seja, tudo bem encaixado, freiras estranhas, hospitais estranhos, e claro alguns elos de tortura das antigas, ou seja, um filme que tinha tudo para chamar mais atenção, mas que ficou apenas no básico.
Enfim, é um filme simples e até que bem feito, que tem uma história interessante no miolo que valeria ser melhor desenvolvida, e claro também um último ato intenso que talvez ampliado fosse mais além, mas demorou para acontecer, e com isso muitos vão achar tudo simples demais, então fica a dica apenas como um daqueles que você deve ir sem esperar muito, pois não vai causar quase nada em você. E é isso pessoal, fica assim sendo a recomendação, e amanhã volto com mais textos, então abraços e até logo mais.
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