Se tenho algo para reclamar do novo filme seria apenas que por ser a primeira direção do ator Patrick Wilson, ele não quis ousar tanto quanto poderia nas cenas do Além, pois do restante ele mostrou técnica, mostrou entender a franquia, e principalmente soube manter o estilo da trama, utilizando os principais atores do primeiro e do segundo filme, e dando as devidas desenvolturas para que o filme ficasse bem tenso e marcante, de tal forma que vemos um vértice bem seguido, teve grandes sacadas com a nova garota da faculdade, e foi impactante na junção de passado e presente para que o filme se montasse por inteiro. Ou seja, pegou um roteiro pela primeira vez não escrito por Leigh Whannel que aqui apareceu menos ainda apenas em uma mísera cena de alguns segundos no computador da companheira de quarto do garoto, diferente dos demais que aparecia a todo momento para quebrar a tensão, e com a base bem impactante que Scott Teems deu para o diretor novato, ele quis fechar seu ciclo da melhor forma possível, e conseguiu, de tal maneira que agora se eu fosse apostar para aonde vão, seria para explicar definitivamente quem é o demônio vermelho que já passou por praticamente todos os filmes e ainda não teve sua história bem contada, veremos se vou acertar ou não futuramente.
Sobre as atuações, volto a dizer que foi muito sagaz da equipe conseguir fechar o contrato com os atores originais, ao menos nos principais papeis, e o diretor Patrick Wilson que em 2010 era praticamente um desconhecido, atuou muito bem com seu Josh, trabalhando com a confusão mental em nível máximo, tentando a todo custo entender mais o que está acontecendo com ele, e todas as nuances expressivas que entregou nos convence demais de tudo, ou seja, foi bem em cena. Ty Simpkins tinha apenas 9 anos quando gravou o primeiro longa, e agora já com 22 entregou uma personalidade bem mais marcante para seu Dalton, de modo que traz um jovem estranho de expressões, mas que se desenvolve bem em cena, faz trejeitos bem colocados, criando todo o ambiente com suas interações e chamando muito da responsabilidade do filme para si, o que acabou sendo bem trabalhado e intenso. Sinclair Daniel foi uma grande adição ao elenco, de modo que sua Chris tem personalidade, desenvoltura e um ar mais cômico para desenrolar algumas cenas mais tensas de Dalton, mas isso sem ficar boba demais, e principalmente acertando em cheio na parceria com o jovem, o que acaba agradando bastante. Ainda tivemos as participações de Lin Shaye com sua Elise em duas cenas bem pequenas, mas explicativas para muitos atos, e Rose Byrne e Andrew Astor voltando a repetir seus papeis de Renai e Foster, mas sem grandes chamarizes.
Visualmente a trama tem uma boa pegada, claro abusando aos montes de cenas bem escuras, com muita fumaça/neblina, mas recriando ambientes intensos na casa dos Lambert no passado, mostrando alguns atos tensos na casa da matriarca da família e no quarto do jovem na faculdade, além de alguns na aula e numa festa de fraternidade, tudo bem representado por bons elementos cênicos que acabam chamando muita atenção, principalmente pelos desenhos do garoto, e claro pelos espíritos bem feios e até nojentos, com estilo que valeria ter ido mais ainda no Além para marcar mais a tensão.
Enfim, confesso que sou muito fã da franquia, tinha ficado bem triste com o resultado do último longa da franquia, e aqui voltei a me arrepiar e se envolver como tinha ocorrido lá no começo, e que mesmo falhando em não abusar tanto dos personagens mortos, do Além como algo mais imponente e talvez até dar um rumo maior para o garoto, o resultado acabou me surpreendendo bastante, valendo bastante indicar ele para todos que gostam desse estilo de terror, que é o de sustos e tensão, então fica a dica para ir ao cinema, pois em casa certamente não vai causar tanto. E é isso pessoal, fico por aqui agora, mas volto em breve com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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