O longa segue o jovem mexicano Jaime Reyes que, recém-formado, volta para casa cheio de aspirações para o futuro. Em meio a uma busca por seu propósito no mundo - e um emprego - o destino o surpreende ao colocar em seu caminho uma antiga relíquia de biotecnologia alienígena, conhecida como Escaravelho. O besouro alienígena azul escolhe Jaime para ser seu hospedeiro simbiótico - o que lhe dá uma armadura superpoderosa e lhe garante poderes. O problema é que o item é de grande interesse da empresária Victoria Kord, que une forças ao vilão Carapax para recuperá-lo. Nessa confusão toda, Jaime só poderá contar com a ajuda da própria família e da jovem Jenny Kord. E agora, o jovem deverá enfrentar desafios imprevisíveis, tendo sua vida transformada para sempre, ao se tornar o Super-Herói Besouro Azul.
Diria que o maior problema do longa foi iniciar algo tão novo com um diretor também não muito conhecido, pois ficou parecendo faltar força e empolgação em determinados momentos da direção de Angel Manuel Soto, não que ele tenha errado, pois assim como vemos no trailer, nos materiais de divulgação e em tudo mais, o maior poder do personagem é o apoio da família, e assim as dinâmicas ficaram muito bem conduzidas nesse sentido, mas como é algo que precisou a todo momento recorrer a explicações, o longa trava um pouquinho. Mas quem acabou ganhando com isso foi a atriz brasileira Bruna Marquezine, pois como sua personagem é filha do primeiro Besouro Azul (sem poderes, mas rico!), sabia tudo sobre cada detalhe, foi conectando cada momento do protagonista para o público e deslanchou de uma forma que nem sabíamos que a atriz era capaz, ou seja, ela salvou o diretor, pois qualquer um sem tanta vontade no papel ia destruir o filme.
E falando nas atuações, vou começar primeiro pelo protagonista Xolo Maridueña, que muitos conhecem pela série "Kobra Cai", e aqui conseguiu ser bem carismático e desesperado com seu Jaime, de forma parecia estar afoito para tudo, mas lutou bem em suas cenas, soube segurar todas as cenas que precisou dialogar mais, e aparentemente também se divertiu bem nas muitas cenas malucas que entrega (ou melhor, seu dublê, pois como a maioria foi com o capacete fechado, provavelmente não se arriscou tanto, mas deu a boa entonação na voz, então pareceu estar no clima). Agora falando de Bruna Marquezine, realmente queimamos a língua, pois se muitos achavam que ela apenas apareceria em meia ceninha, como falei acima, sua Jenny Kord é a pessoa que dá todas as conexões para o protagonista, vai salvar ele junto com a família maluca numa aventura cômica, entrega um inglês de nível altíssimo, mesmo a personagem sendo brasileira como a atriz (soltando uma única frase em português no filme), e trouxe carisma e envolvimento para com todos os seus atos, emocionando aonde precisava e se jogando bastante na maioria das cenas, ou seja, sendo apenas o seu segundo longa metragem, mostrou que tem potencial expressivo. E falando em potencial expressivo, não temos o costume de ver Susan Sarandon como uma pessoa má, mas aqui sua Victoria é daquelas empresárias ricas sem coração algum que entram com tudo para conseguir o que deseja, fazendo bons trejeitos e entonações que acabaram agradando bastante, e claro fazendo com que ficássemos com raiva de sua personagem. Raoul Max Trujillo fez um Carapax meio seco e sem muitas imposições, mas depois que vemos que seu corpo foi praticamente todo transformado acaba fazendo sentido seus movimentos meio que robóticos, e lutou bem também nas cenas (ele e o dublê já que tem cenas com e sem máscara). No grupo familiar de Jaime, o destaque todo fica para George Lopez com o tio maluco Rudy, cheio de estilo e mostrando muito conhecimento tecnológico, e mesmo que tenha forçado um pouco nas cenas acabou se saindo bem, já os demais foram apenas na base do exagero mesmo, sendo apenas engraçado a vozinha com a metralhadora.
Visualmente a trama foi bem feita, mostrando os dois lados de uma cidade, com casas mais simples com cores mais neutras, aonde vivem os mais pobres e do outro lado prédios tecnológicos e muitas cores fortes, vemos toda a tecnologia alienígena que o escaravelho passa para o protagonista, sendo um herói com muitas facetas e armas possíveis, e também vemos a mesma tecnologia sendo passada para um exército humano, com muita imponência e estilo, vemos uma festa simples numa mansão que não vai muito além, parecendo que economizaram no orçamento ali, uma ilha isolada aonde ocorrem a maioria das lutas, e claro a mansão do pai da protagonista aonde conhecemos os apetrechos que seu pai usada como um herói tecnológico Besouro Azul também antigamente, mas que não tinha os poderes do artefato alien, então criou naves, armas e tudo bem interessante de se ver.
Enfim, é um filme simples, bem feito, que brincou com a cultura latina (colocando "María la del barrio" e "Chapolin" para o mundo afora ver!), e que entregou um começo honesto de franquia. Claro que dava para ter ido mais além e apresentado tudo mais rapidamente para vermos algo a mais já nesse primeiro longa, mas aí estaríamos querendo demais, então vá conferir sem esperar muito que é diversão garantida, e vamos ver o que vai rolar para frente com esses novos planos da DC, pois em James Gunn eu confio. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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