É engraçado ver que o diretor André Øvredal costuma deixar sempre pontas para continuações em quase todos os seus filmes ("Mortal", "A Autópsia", "Histórias Assustadoras Para Contar no Escuro"), porém somente o último teve nesse ano um anúncio de uma possível continuação, claro muito mais pelo produtor da trama ser extremamente famoso, mas do contrário ele cria muito, deixa aberto a possibilidade, e acabam esquecendo disso, o que é uma pena, pois seu estilo é bem marcante, tem pegada, e aqui embora seja um filme com ares estranhos, consegue chamar bastante a atenção por tudo o que ocorre. Claro que temos muitos exageros, temos o politicamente correto atual de toda a falação de racismos e etnias, mas funciona dentro da proposta, e assim sendo quem for sem esperar muito acabará gostando do estilo do diretor.
Diria que o longa não tem atuações tão marcantes, pois todos entregam um pouco em suas cenas, fazendo alguns trejeitos mais colocados, e acabamos nem nos afeiçoando tanto aos atores, mas Corey Hawkins conseguiu trabalhar bem seu Clemens, sendo uma ótima escolha de levarem um médico num navio, meio que já se prevendo que necessitariam de muitas transfusões, e o ator soube segurar o protagonismo e estar presente em quase todos os atos. Aisling Franciosi surgiu meio que de uma forma estranha na trama com sua Anna, mas trabalhou bem o que lhe foi pedido, e esteve presente nos atos mais intensos, tendo voz em muitos momentos e agradando de certa forma. Liam Cunningham fez bem o capitão do navio Eliot, de maneira que dava para ser mais imponente em cena, mas segurou bem os momentos mais pegados do final. Woody Norman deu boas nuances para que seu Toby fosse daqueles que torcemos para não morrer, que se mete aonde não deve, e até trabalhou bem alguns trejeitos, sendo interessante de atitudes. Claro que se tem monstro em filme, tem Javier Botet com seu Drácula/Nosferatu afinal está em vários filmes fazendo os monstros mais bizarros pelas habilidades corporais, e aqui não foi diferente, com uma maquiagem meio tosca e estranha, mas agradando pela intensidade corporal como sempre faz. Quanto aos demais, David Dastmalchian trabalhou um Wojchek meio durão, mas deslocado em cena, Chris Walley deu para seu Abrams ares pensativos, mas sem ir muito além, Jon Jon Briones fez o cozinheiro Joseph com todo o ar religioso meio que forçado, e Stefan Kapicic foi quem mais se destacou com seu Olgaren virando um ser das trevas bem trabalhado como algo meio zumbi, meio vampiro.
Visualmente diria que a equipe de arte usou um barco bem sinistro, com muitos ambientes bem escuros, propícios para pregar sustos nos espectadores, teve atos bem violentos com a besta atacando e dilacerando tantos os bichos (já adianto que infelizmente o cachorrinho é a primeira vítima!) quanto as pessoas, tivemos uma maquiagem meio que feia para o Drácula, mas vemos que ele vai evoluindo conforme vai se alimentando, e claro por estar no mar tivemos tempestades e muita movimentação com as ondas, sendo algo bem interessante de ver na tela. Claro que tem muitos defeitos técnicos, afinal não é uma superprodução cara, mas não chega a incomodar.
Enfim, é um filme honesto de monstro num barco, com uma viagem intensa cheia de mortes, aonde não se pode esperar muito, e principalmente desejar ver um terror de sustos, pois não acontece, mas tirando esse detalhe acaba sendo algo bacana de ver como um bom passatempo do estilo, então fica a dica para todos. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos e dicas, então abraços e até logo mais.
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