Após participarem da produção de "O Babadook", Danny e Michael Philippou tiveram a certeza que deveriam dirigir um terror, e ao criarem a história e desenvolverem tão bem sua estreia aqui não tenho dúvidas que vão estourar bem fácil nesse meio, aliás já estão trabalhando em cima da continuação que certamente fará tanto sucesso quanto, agora a pergunta que não quer calar, de onde veio o sucesso da trama? E eu respondo que é um filme de fácil entendimento, mostra a cultura de curtição de festas jovens, e que simplesmente viralizou muito rápido por entregar um bom trailer que despertou a curiosidade do público amante de terror, e uma segunda ideia é que a trama traz digamos algo novo nesse meio, pois como disse no começo era muito comum vermos as pessoas fugindo de serem possuídas por algum espírito, e aqui ocorre exatamente o inverso, o que acaba chamando muita atenção de todos. E dessa forma os diretores conseguiram encaixar algo dinâmico, bem descontraído, e colocaram o principal de um filme do gênero que é a força visual, pois é impossível quem falar que as cenas mais tensas da trama não cause ao menos uma sensação ruim, e isso é o que costumo dizer que é acertar com pouca coisa direto na cabeça. Ou seja, acertaram demais, e veremos até onde vai o sucesso, pois é um filme digamos bem barato, e certamente vão estourar nas bilheterias, que aliás hoje tinha bem mais pessoas na sessão do terror do que na do filme de herói por aqui, e isso diz muito!
Sobre as atuações, diria que Sophie Wilde se divertiu mais do que causou na trama com sua Mia, de forma que a atriz fez trejeitos fortes, usou provavelmente algumas lentes de contato para ficar com um olho imenso nas cenas que estava possuída, e entregou muita personalidade em seus atos, de forma que chamou atenção e conseguiu ir bem além. Agora sem dúvida alguma as cenas mais fortes recaíram para o jovem Joe Bird com seu Riley, de tal maneira que trabalhou tanto no impacto de suas cenas tensas quanto no estilo mais adolescente, que é colocado no começo, além de olhares bem tensos e encaixados na sua primeira participação apenas assistindo a incorporação da amiga, ou seja, chamou atenção. Ainda tivemos alguns atos bem marcados com Zoe Terakes fazendo um badboy bem cheio de estilo, o ex-namorado da protagonista e atual namorado da amiga bem colocado com Otis Dhanji, mas sem dúvida quem apareceu mais foi Alexandra Jensen com sua Jade meio incrédula, mas depois desesperada com tudo, e claro a mãe do garoto vivida por Miranda Otto, mas diria que exagerou um pouco demais no seu jeito de mãezona que libera tudo de forma meio repreendida, que poderia ser menos explícito.
Visualmente sem dúvida temos de dar os parabéns para a equipe de maquiagem, pois conseguiu fazer uns espíritos bem feios e assustadores, junto da equipe de fotografia que junto da de arte fez ambientes escuros, mas que conseguissem ser bem mostrados, trabalharam bem a mão cheia de assinaturas bem no estilo de um gesso de quebra de braço, mas que passasse um certo ar oculto, e claro todas as incorporações que mudaram totalmente os personagens em suas cenas, dando boas nuances, mostrando as casas e festas aonde o curtir os mortos acabou sendo algo bem trabalhado, ou seja, se olharmos a fundo temos três casas, um hospital e algumas cenas em um ônibus e sua estação, além de um canguru quase morrendo na estrada, mas tudo é tão grande nas perspectivas que acaba chamando muita atenção.
Enfim, é daqueles filmes que certamente lembraremos quando nos pedirem uma indicação de filme tenso, aonde muitos vão ficar com medo, outros vão rir de tudo, mas sem dúvida alguma não ficarão chocados com as cenas mais violentas, pois foram no cerne e trabalharam bem para que fosse bem realista, e assim sendo, quem curte o estilo vá conferir, só deixo o adendo que o pessoal que curte terrores mais clássicos, esse não é o seu tipo de filme, então a chance de mais reclamar do que gostar é alta, então deixe a garotada curtir que é melhor. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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