Diria que o diretor Uluç Bayraktar soube conduzir bem o desenvolvimento de sua nova trama, pois ao optar por uma trama mais investigativa do que apenas uma correria envolvendo a máfia, ele acabou criando desenvolturas bem mais intensas e cheias de conflitos, que mesmo sendo colocadas dentro do estilão novelesco dele resultou em algo mais preciso e mais direto. Ou seja, a trama ainda está longe de ser perfeita, mas ao menos não ficou cansativa e teve boas sacadas com os protagonistas, brincando com o estilo investigativo de um modo mais amplo sem precisar recair para o lado novelesco tradicional que o diretor tanto entende, e assim sendo, o filme tem um fluxo bom e agrada bastante.
Quanto das atuações, Nejat Isler voltou para a continuação meio que atrapalhado após as mortes que vamos descobrir durante a trama, e vivendo a base de remédios seu Sadik ou Justus parece um pouco aéreo demais, mas ainda assim com um ar galanteador bem trabalhado, e com um carisma bem marcante que acaba chamando a responsabilidade cênica para si, ou seja, foi bem encaixado no papel e agradou com o que fez. Se no primeiro filme Ilayda Akdogan era apenas uma jovem chantageadora meio que irritante, aqui sua Pinar vira praticamente protagonista junto de Sadik, e ambos tem uma boa química, trabalham bem as investigações e a jovem chama atenção pela boa colocação sempre na tela, não sendo algo imponente, mas com um estilo bem bacana de ver que acaba indo além. Ainda tivemos boas cenas com Riza Kocaoglu e Kadir Çermik com seus Zeynel e Huso bem intensos e cheios de vontade nos seus atos, além de se conectarem bem com o protagonista e ajudarem em tudo, e claro toda a montagem em cima do outro caso que ficou marcado por Hazal Filiz Küçükköse com sua Buket que valeria talvez uma outra história, mas que fizeram bem toda a dinâmica.
Visualmente o longa foi mais econômico que o anterior, mas ainda assim teve boas cenas em alguns apartamentos e mansões, alguns atos em desertos e um ato numa boate, aonde a trama se amarra mais nas conversas e nas situações, sem ter tantos elementos e ambientes para desenvolver, ou seja, a equipe de arte foi levemente poupada, mas ainda assim não largaram o filme como algo feio de ver, o que mostra que não é necessário mil explosões, tiros e tudo mais para funcionar num filme de suspense investigativo.
Enfim, é um filme interessante, que funciona bem como um bom passatempo, e que com um ar investigativo funciona sem ficar com tantas amarrações, só poderiam ter escolhido menos dinâmicas e personagens para que funcionasse mais diretamente, mas aí eu estaria querendo demais, ou seja, vale a recomendação, e felizmente agora a história está 100% fechada sem deixar aberturas como ocorreu com o primeiro filme, e assim sendo juntando tudo funcionou bastante. E é isso pessoal, fico por aqui agora, mas ainda devo ver mais alguma coisa hoje, então abraços e até breve.
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