Diria que o diretor Tom Harper soube encarar com propriedade o estilo que lhe pediram para fazer, pois embora muitos coloquem como clichê as diversas tramas de agentes secretos e tentativas de recuperar algum artefato ou arma de possível destruição em massa, com nomes famosos, estilos mais sérios e outros com levadas mais jogadas e cômicas, sempre o resultado acaba sendo recheado de ação e entrega boas desenvolturas para curtirmos as entregas, e aqui não foi diferente, pois logo de cara já dá para notar bem que desejavam muito mais do que apenas um único filme. Ou seja, o diretor tentou e conseguiu dar as nuances clássicas de uma franquia de sucesso do gênero, brincou com muitas explosões e cenas ágeis, e principalmente deu o protagonismo e o antagonismo bem desenhados para que o filme fluísse, e assim sendo seu longa acaba empolgando e agradando bastante. Claro que é notável defeitos do gênero de ação filmados na maior parte em estúdios com fundo verde, tanto que temos algumas ranhuras e rastros de imagens, que sabemos bem o motivo de "Missão Impossível" funcionar tão bem sem essas falhas, mas isso não impede que aqui a trama empolgue quem gostar do estilo, valendo bem todas as sacadas, as devidas reviravoltas e encaixes, que fazem com que a trama não desande.
E falando dos protagonistas, é impecável o trabalho de Gal Gadot com sua Rachel Stone, sabendo bem aonde encontrar os melhores ângulos para suas facetas, lutando bem contra tudo e todos, e se jogando por completo nas cenas de maior ação, de tal forma que sua personagem não nos cansa, e principalmente, chama para si os momentos mais intensos, agradando bastante, fazendo bons trejeitos, e sendo impactante com toda a entrega, ou seja, é daquelas personagens que acabam dando nome para tudo, e que facilmente ficamos querendo ver mais dela, agora é aguardar as continuações, pois certamente vão acontecer e ela tem potencial para manter a personagem. Jamie Dornan tem um estilão meio que seco de atuar, e aqui seu Parker precisava exatamente desse estilo para chamar atenção e irritar o público com suas atitudes, de tal forma que dava para ter trabalhado um pouco mais seu passado do que apenas uma ceninha rápida, e também alongar um pouco mais seu fechamento, mas o ator fez carões bem trabalhados e se desenvolveu bem no miolo, agradando sem precisar forçar trejeitos ao menos. Como gosto demais do estilo do ator Matthias Schweighöfer torcia para ter mais cenas de seu Valete e claro toda a desenvoltura dele usando a tecnologia, mas como é um personagem secundário foi bem trabalhado ao menos nos momentos que precisaram dele, veremos o que irá entregar na continuação, pois ao menos parece que vai para outros rumos. Alia Bhatt entregou também uma boa personalidade para sua Keya, fazendo um estilo mais contido, mas sem se deixar apagar, conseguindo chamar atenção em bons momentos e se desenvolvendo bem durante toda a trama. E dentre os demais ainda tivemos atos bem marcados de Sophie Okonnedo com sua Nomad bem densa e até meio que marrenta, mas sabendo ser a chefona de tudo. Diria que gastaram apenas dinheiro em colocar Glenn Close e BD Wong como Reis de Ouros e Paus, pois nem foram usados realmente, sendo apenas apresentados na tela em duas ou três cenas rápidas, ou seja, só se rolar algum tipo de prequel para usar mais eles, do contrário foram apenas nomes grandiosos numa produção que já era grande o suficiente.
Visualmente a trama entrega atos bem imponentes em cidades de vários países, com cenas empolgantes em montanhas, desertos, perseguições em ruas e até mesmo no céu, aonde fica claro o uso de muita tecnologia, tendo computadores cheios de facetas, e novamente se falando em inteligência artificial de altíssimo nível (acredito que esse tema vai ser usado em todos os filmes de espionagem daqui para frente!), ou seja, a equipe de arte escolheu boas locações, trabalhou com elementos cênicos simples para que tudo fosse mais cheio de facetas tecnológicas e a luta corporal valesse mais do que sair quebrando tudo, mas ainda assim destruiu muitos carros, trens, mesas, vidros e tudo mais com ajuda de armas de diversos calibres, paraquedas, voos e tudo mais.
Enfim, é um longa bem empolgante do estilo, que envolve o espectador e diverte com boas sacadas, que não chega a causar tensão, mas que funciona dentro do que se propõe, então com poucos ajustes certamente podem entregar uma continuação perfeita que vai agradar ainda mais, mas como já disse no começo, é o estilo que todos gostam de ver, então vai fazer a plataforma de streaming movimentar horrores nesse final de semana com a entrega na tela, então veja e tenha uma boa sessão pipoca, pois vale o play. E é isso pessoal, fico por aqui agora, mas volto em breve com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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