A trama que usa a base de uma mitologia chinesa sobre um macaco que enfrentou Buda foi bem desenhada e dirigida por Anthony Stacchi, porém diria que para o público que não conhece a lenda (me incluo nesse time, pois fiquei sabendo disso só depois enquanto escrevia o texto) vai achar tudo muito abstrato e estranho, sendo apenas uma trama acelerada de lutas e de egocentrismo por parte do protagonista, aonde alguns atos tem ares morais interessantes, mas nada que vá surpreender ninguém, e também sem causar algo a mais. Claro que para os pequenos a história pode até ser divertida, afinal tem muitas cores e uma velocidade frenética bem encaixada, porém os pais que assistirem junto é bem capaz que durmam na metade da trama.
Sobre os personagens, diria que exageraram um pouco na personalidade do macaco, de tal forma que até vemos cenas bem intensas feitas na tela, mas dava para deixar ele ainda forte de egocentrismo sem soar abusivo, e isso causou um certo estranhamento na tela, ou seja, a história é determinante nesse sentido, mas soa forçado por vezes colocar tudo dessa forma. A garotinha Lin tem bons ares tanto no quesito de ajudar, quanto também pela sua meta que descobrimos depois, e foi bem interessante sua participação na trama, agradando bastante. O rei Dragão também mostrou ares de egocentrismo forte, e soou bem imponente na briga com o adversário, de modo que chama atenção, mesmo estando sempre em segundo plano. Quanto aos demais deuses e reis, vale o destaque para o do inferno que lutou bastante para conseguir evitar as confusões do macaco, mas não surpreendeu como poderia.
Visualmente a trama até é interessante, mostrando alguns lugares bem diferentes de estrutura, como a terra dos macacos, uma vila meio que vazia aonde tudo vai pelos ares com os fogos e a briga (meio que uma sátira aos filmes de heróis que destroem a cidade inteira como mote de salvar alguém), vemos um inferno bem trabalhado de almas aonde de acordo com o que morreu tem seu andar para ir, um céu meio que abstrato de ideias, e claro o fundo do mar com um rei que deseja dominar todos os demais, tudo com cores bem marcantes e diferentes, o que deu um tom mais fora do comum para a trama.
Enfim, não é um filme ruim, mas dava para ir mais além ou explicar melhor toda a interação antes para que o público compre a ideia por completo, pois do contrário acabou parecendo apenas algo corrido e estranho. Diria que cansei um pouco com tudo, mas que ao final ficou interessante ao menos de conferir, e assim deixo a recomendação. E é isso pessoal, fico por aqui agora, mas volto mais tarde com outro longa, então abraços e até breve.
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