A sinopse nos conta que criado por um pai abusivo, Cash canaliza sua agressividade para se tornar um lutador campeão mundial de MMA. Quando Jett, seu filho mais velho, decide seguir os passos do pai e entrar no jogo da luta, ele encara seu passado de frente, embarcando em um curso que inevitavelmente coloca pai contra filho em uma batalha que, não importa o resultado, nenhum dos dois pode vencer.
O diretor Nick Sarkisov até teve bons momentos para desenvolver, porém faltou para ele aquele algo a mais que diferencia uma trama no desenvolvimento, pois seu filme dava para ser daqueles históricos pelo fechamento escolhido, mas como a história não explode desde o começo, o resultado acaba se perdendo um pouco, soando até confuso de certo modo, pois até é aceitável que o garoto não lembre de sua infância por algum tipo de bloqueio, mas a mãe poderia influenciar, fora o estilo de contrato de guarda e tudo mais que fica meio que jogado na tela. Ou seja, meio que ficou parecendo algo imposto no roteiro que não flui com facilidade, até o ato de virada que já entra nos momentos finais, e isso pega um pouco. Claro que para desenvolver tudo muito bem a trama talvez ficaria alongada demais, mas dava para resumir melhor todas as situações de um modo mais crível, e isso talvez dependesse mais de algum diretor mais trabalhado de estilo.
Quanto das atuações, Stephen Dorf caiu muito bem na personalidade de Cash, sendo imponente, cheio de estilo, e principalmente nos entrega daqueles lutadores que temos muita raiva pelos atos que faz, de tal maneira que o ator foi bem demais, e com um desenvolvimento melhor do roteiro conseguiria ir mais além. O jovem Darren Mann trabalhou seu Jett como o oposto completo do pai, sendo um bom filho, disposto a estudar para ir além, carinhoso com o irmão com problemas mentais, e com muita disposição cênica, chamando bem os atos para si, e mostrando um algo a mais até na sua personalidade, o que valeria também um texto melhor. Elisabeth Reaser trabalhou sua Susan como uma mãe bem trabalhadora, tentando ganhar a vida honestamente para dar o melhor para os filhos, sem precisar depender do ex-marido violento, fazendo trejeitos bem emocionais e agradando de certa forma como uma boa parceira cênica do garoto. Ainda tivemos alguns bons momentos do garotinho Colin McKenna com seu Quinn bem cheio de facetas, Ava Capri trabalhando um par amoroso meio que oculto com o protagonista, e até Karrueche Tran tentou um algo a mais com sua Jade, mas como disse o desenvolvimento de personagens ficou muito artificial na trama, e isso pesou um pouco.
Visualmente a trama tem bons atos mostrando o treinamento do garoto, a vida de festas do pai, alguns atos dos jovens na escola, mostra o lado mais pobre da família do garoto versus o lado cheio de luxo do pai, e claro as lutas recheadas de sangue e bons enquadramentos, de modo que a equipe soube escolher bem para que o filme tivesse uma fluência bem intensa de detalhes para causar mais, e mesmo na bagunça o resultado funciona.
Enfim, é um filme bom, que trabalha um tema digamos forte que é a violência doméstica, e também um pouco das lutas, mas que merecia um trabalho mais requintado para ir mais além, de maneira que o que acaba valendo mesmo são mais os atos finais, já que o miolo e o começo são meio que bagunçados demais, porém ainda assim o resultado geral é interessante e vale a conferida, então fica a dica. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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