Diria que a diretora Nahnatchka Khan foi muito sagaz nas escolhas de como desenvolver seu longa, pois filmes com vertentes temporais dá para brincar de inúmeras maneiras, e ela escolheu bem o mais óbvio que provavelmente veio pronto do roteiro, e com isso conseguiu literalmente brincar com as possibilidades sem forçar a trama para algo que necessitasse pensar muito, e nem por isso seu filme ficou fácil e bobo, tendo estilo, tendo muita personalidade, e mais do que isso sendo funcional, pois muitas vezes inventam mil coisas malucas, colocam teorias absurdas na trama, e de certa forma ficam até mais bonitos de ver, mas não encantam o público, já o que ela fez aqui foi divertido na medida sem forçar o riso, foi tenso com toda a possibilidade do assassino sair de qualquer lugar, e ainda deu o tom investigativo, afinal você quer descobrir também junto da garota quem e qual a motivação, já que um grupo em particular que merecia morrer pelas ações não tão boas que faziam na escola, e se era exatamente isso o que rolava. Ou seja, é daqueles filmes simples, porém tão bem completos que agradam do começo ao fim, e mais do que isso, no fim ainda fica com muitas novas sacadas, afinal mexeu-se no espaço-tempo, e nada fica igual.
Quanto das atuações, Kiernan Shipka entregou uma Jamie bem disposta, cheia de traquejos e estilos, conseguindo ser determinante em suas cenas sem precisar se impor, o que é bem legal de ver na tela, de tal forma que embora seja a protagonista, deu voz para quase todos que se conectaram a ela em sua busca pelo assassino, e foi bem carismática para que torcêssemos por ela no que foi fazendo, ou seja, soube chamar atenção sem precisar pendurar uma melancia no pescoço como costumam dizer. Ainda tivemos bons atos de Troy Leigh-Anne Johnson disposta a ajudar a jovem a criar a máquina temporal no passado, entendendo toda a loucura da jovem e fazendo bons atos; do outro lado no presente a jovem Kelcey Mawema com sua Amelia correu também contra o tempo para conseguir ajudar a amiga no passado; isso sem falarmos na versão teen da mãe da protagonista que Olivia Holt bem sacada conseguiu demonstrar estilo e passar todos os vértices clássicos dos grupinhos de escola dos anos 80 junto de Liana Liberato, Stephi Chin-Salvo e Anna Diaz, isso sem falar do maluco Charlie Gillespie que viraria o pai da protagonista e ela viu como ele era charmoso jovem.
Visualmente a trama foi bem desenvolvida nos anos 80, mostrando os parques de diversão clássicos, os figurinos e penteados dos jovens, o estilo das festas, além de algumas alegorias tradicionais da época como colchões de água e queimada nas aulas de educação física (aonde as pessoas tentavam literalmente sobreviver ali), o visual do assassino com um cabeção estranho (que aliás depois que descobrimos quem era a pessoa, ficamos pensando como colocou aquilo no primeiro assassinato!), entre muitos outros detalhes que foram bem sacados e funcionaram bastante de forma representativa da época.
Enfim, diria que não esperava uma trama tão descontraída e gostosa de ver, sendo daquelas que certamente se passasse na sessão da tarde pararíamos para conferir, iríamos rir de tudo e quando víssemos novamente faríamos tudo da mesma forma, pois funciona de um modo descontraído, sem precisarmos ficar trabalhando ideias malucas, e os personagens são bem colocados, o que acaba agradando mais ainda, então digo que recomendo bastante para todos, mesmo tendo alguns leves furos (como o que disse da cabeça do assassino, entre outros). E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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