A trama que é inspirada por fatos reais, nos conta que quando um acordo informal dá errado, o dono da funerária Jeremiah O'Keefe convoca o carismático e falante advogado Willie E. Gary para salvar seu negócio de família. Os ânimos explodem e o riso surge quando o improvável vínculo do casal expõe a corrupção corporativa e a injustiça racial nesta história inspiradora e triunfante.
Não conhecia o trabalho da diretora Maggie Betts, mas posso dizer que a forma como roteirizou e dirigiu a história principalmente de Willie Garry, que ainda está vivo e já lutou nos tribunais contra grandiosas corporações americanas, foi algo bem marcante, cheio de nuances, e mostra que muitas vezes alguns acordos tem tantas falhas que se for para cima de tudo é morar praticamente dentro de um tribunal, mas o grande show da diretora foi saber como usar e ousar na base da trama, pois inicialmente se olharmos o processo como apenas uma "falha" de um empresário que não assinou um acordo feito verbalmente depois que a papelada foi redigida oficialmente, parecia ser algo simples demais, porém como o caso foi para rumos envolvendo racismo e uso de minorias mais necessitadas, aí o fogo pegou com muito show de diálogos imponentes e expressões marcantes, aonde é notável tanto o trabalho da diretora nas escolhas, quanto dos atores que souberam aonde atacar para ficarem ainda mais chamativos.
Quanto das atuações, diria que a escolha de Jamie Foxx para o papel de Willie Gary foi uma grande sacada, pois o ator tem um estilão chamativo cheio de pegadas e traquejos, soube ser imponente do começo ao fim, e mesmo nas suas cenas mais calmas vemos ele ainda bem preparado para tudo, ou seja, deu seu show e encaixou bem demais em tudo o que precisavam dele. Tommy Lee Jones já está bem velho, e aqui seu Jeremiah O'Keefe tem um estilão calmo, bem centrado e com nuances mais de conversas e sínteses, mas entrega bons atos junto do protagonista, e consegue passar bem a mensagem de não aceitar ter sido enganado. Bill Camp apareceu pouco como o dono de um conglomerado de funerárias Ray Loewen, mas entregou momentos bem marcantes e desenvolturas bem encaixadas que são seu estilo. Ainda tivemos atos bem intensos com Jurnee Smollett fazendo a advogada de Loewen, Mame Downes, contando com um estilo de atuação intenso bem colocado, chamando muita atenção para seus atos como deveria ser, e também Mamoudou Athieu como o advogado junior Hal, que foi direto, simples e interessante, enquanto o advogado principal que Alan Ruck entregou ficou meio que canastrão demais, além de ser derrubado muito facilmente pela advogada do outro lado, então poderiam ter usado um ator mais simples que funcionaria também.
Visualmente a trama entregou alguns bons momentos mostrando boa parte em um tribunal tradicional, mas teve momentos mostrando toda a riqueza do advogado, seu escritório chique, um avião todo preparado, uma casa grandiosa, mostrou também o navio do dono da rede funerária, mas as cenas mais emocionais ficaram por conta dos cemitérios de escravos, e das conversas simples na casa da mãe do advogado, aonde vemos toda a essência de onde desejavam atacar.
Enfim, é um filme bem marcante do estilo, que até dava para ser um pouco mais dinâmico, mas que funciona bastante na tela e entrega um desenrolar bem encaixado, aonde vemos que o trabalho de uma equipe de advogados não é tão simples assim, precisando ir bem além para ganhar uma causa mais chamativa, e assim sendo o resultado cênico acabou sendo bem bacana de ver na tela, então fica a recomendação para quem gosta do estilo. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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